Pular para o conteúdo principal

Dress Code


Identifique o traje pedido e vista-se de acordo!


"Nada pior do que estar vestida demais ou de menos em qualquer ocasião"

Glória Kalil

"Dress code" (código de roupa), para quem não sabe, é a indicação, que aparece em convites e anúncios de eventos, do traje sugerido para a ocasião. Ele (felizmente) ainda é muito usado e é bastante útil para que se saiba o tipo de festa que o aguarda e para que se possa, assim, se vestir de acordo e se sentir adequado entre seus pares.
"Esnobar o 'dress code' só tem sentido se alguém quiser fazer um ato de rebeldia e mostrar a todos que não é daquela tribo, que não compartilha dos mesmos valores dela, ou então se quiser aproveitar para fazer do evento uma manifestação política, ideológica ou cultural. Qualquer outro motivo vai ser considerado um erro", comenta Glorinha Kalil em seu site Chic, no IG.
Eu acrescentaria outro motivo: falta de educação. Não no sentido pejorativo mas no sentido literal. Muitos jovens hoje em dia simplesmente não recebem em casa orientação no modo de vestir. Caiu em desuso. Isso foi considerado "careca" já na geração anos setenta, quando os bailes quase morreram em função das festas "rock-and-roll" e agora deu no que deu - uma verdadeira poluição visual no salão. O que antigamente era evitado nos bailes pelos chamados "fiscais de pista", fugiu totalmente ao controle, em nome da "liberdade de ir e vir" e da "liberdade de expressão".
Alguns promoters da antiga ainda impõem algum respeito no ambiente, barrando dançarinos que se apresentam de boné ou tênis, por exemplo. Mas que situação embaraçosa quando a dama comparece corretamente trajada para um evento - acompanhada de seu personal que, até por falta de orientação, apresenta-se de jeans surrado e camiseta desbotada!
E não me venham falar de situação financeira. Um pretinho básico com sandalinha preta ou um trio calça preta + camisa social + sapato de cadarço custam bem mais barato que muitos jeans desfiados que vemos no salão.
Caso você, leitor, queira contribuir para elevar o nível do visual de nossos bailes, fornecemos aqui as dicas sobre o que vestir para cada ocasião. Divulgue esta idéia. Roupa elegante contribui - e muito - para dar aquele clima no baile!
  • Traje esporte – significa que é uma roupa descomplicada. As mulheres podem esquecer o salto alto e ir de vestidos leves ou calças com camisetas e blusinhas e os homens de camisas e calças esportivas. Para os dois, vale um jeans que não seja estrapeado. O simples fato de ser anunciado o tipo de traje, porém, revela um grauzinho de formalidade. Não é para aparecer de bermuda e chinelo como se estivesse indo num churrasco na casa do cunhado.
  • Esporte fino ou passeio – o grau de formalidade subiu. Não há necessidade de gravata, mas o jeans deve ser substituído por uma calça de brim ou gabardine. Em alguns casos, é a hora do blazer sobre camisa sem gravata. As mulheres devem usar uma sandália de salto, um vestido mais caprichado.
  • Traje passeio completo ou social. Terno e gravata para os homens (terno claro para o dia e escuro para a noite) e vestidos de tecidos mais nobres para as mulheres (as sedas, as musselinas, os georgettes, os bordados).
  • Traje social completo. O vestido pode ser curto ou longo, mas menos sofisticado do que o traje a rigor. Para os homens, terno escuro.
  • Por fim, black-tie ou traje a rigor. Aí é o smoking para os homens e vestidos de baile para as mulheres.

Hoje em dia, é comum receber convites com outras nomenclaturas: venha bonitinha, venha fashion, venha chic, etc. Isso significa que é para ir com uma roupinha que esteja na moda, mas sem grandes formalidades: valem os jeans de marca com blusas bonitas, camisetas customizadas ou diferentes, vestidinhos curtos com sapatos maravilhosos, laçarotes engraçados nos cabelos, acessórios interessantes e cheios de personalidade.

Cabe somente a você a escolha de como quer e vai ser visto. Mas se você não se encontrou nas definições acima, procure ao menos usar o bom senso ao escolher sua roupa.

Nos bailes de dança de salão, pode ter certeza de que o promoter está caprichando no baile para que o evento dê certo - e você tem sua participação nisso. Portanto, quando lhe falarem para "ir à vontade" não confunda com "escrachado"!

Leia mais:

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Pole Dance: saiba um pouco sobre as origens da dança e conheça a professora de dança de salão que treinou o elenco global

A professora Alexandra Valença e suas alunas no Projac Como tudo o que aparece nas novelas, o Pole Dance, apresentado ao público na novela Duas Caras, ganhou destaque na mídia e despertou o interesse de leigos e profissionais para essa forma sensual de dançar.  Nesta matéria, saiba um pouco sobre as origens da dança e conheça a professora de dança de salão que treinou o elenco global. Dançar em volta de instrumentos verticais já era uma prática em culturas milenares da Ásia.  O nome Mallakhamb, por exemplo, designa uma modalidade de ioga praticada num varão de madeira ou numa corda. Já o Mallastambha consistia no uso de um varão de ferro por lutadores, para aumentar a força muscular.  De fato, os movimentos em torno da vara trabalha o condicionamento físico, fortalecendo, sobretudo a musculatura de braços, abdome e pernas. Como a conhecemos no ocidente, a dança na vara, ou Pole Dance, surgiu na Inglaterra, passou para a Europa e foi para os Estado...

Um pouco de história

Madame Poças Leitão Por Carla Salvagni* Louise Frida Reynold Poças Leitão é o nome completo de Madame Poças Leitão, que chegou em São Paulo em 1914, deixando Lousanne, na Suiça. Logo percebeu que os jovens das famílias mais abastadas necessitavam urgentemente de noções básicas de etiqueta. Fundou então a aristocrática “Escola de Dança de Salão e Boas Maneiras”**, em São Paulo. A dança de salão estava incluída no conhecimento básico de etiqueta, era indispensável na vida social requintada. Madame Poças Leitão representou a primeira (senão única) e mais importante escola de dança de salão nas classes altas, em contraste com inúmeros professores que atuavam principalmente na periferia de São Paulo e Rio de Janeiro, vários associados às casas de prostituição e/ou bailes populares (mas isso já é outra história, que oportunamente trataremos). Assim, graças a essa divisão por classe econômica e nível social do início do século, até hoje define-se duas linhas básicas de trabalho e duas his...

Campeões do IX Baila Duo – Concurso de duplas de dança de salão

Daniel Lessa e Letícia Bernardes, de São Paulo, Gutto Heinzen e Thaís Vieira, de Florianópolis, respectivamente nas categorias profissional e amador, venceram o IX Baila Duo – Concurso de Duplas de Dança de Salão. O campeonato realizado no dia 21/4 no centro de convenções do Majestic Palace Hotel integrou a programação da XIII Mostra de Dança de Salão – Baila Floripa, que reuniu desde sexta-feira (18/4) cerca de quatro mil pessoas de diversas regiões do Brasil para uma agenda de workshops, espetáculos e bailes. A disputa coordenada por João Biasotto e Marlon Marian foi dividida em duas etapas, começando pelas eliminatórias de manhã com oito casais em cada categoria. Os concorrentes de Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Volta Redonda (RJ) foram avaliados pelos professores Juliana Magalhães e Léo Fortes, do Rio de Janeiro; Brenda Carvalho e Jota Junior, de São Paulo; e Jall Martins, de Curitiba. Daniel Lessa e Letícia Bernardes, de São Paulo, 1...