Sobre os dez anos de jornal: leia aqui os depoimentos de colaboradores e apoiadores do Jornal Falando de Dança

Vereador Reimont, presidente da Comissão Permanente de Cultura e presidente da Frente Parlamentar pela Democratização da Comunicação, encaminhou à Seconserva o dossiê elaborado pelo JFD para a campanha “Uma Estátua para Antonietta” e presidiu a seção na CMRJ que empossou a nova diretoria da APDS, da qual fazem parte os editores do jornal.
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Suelyemma Franco, assessora técnica da Comissão Permanente de Cultura e da Frente Parlamentar pela Democratização da Comunicação, presididas pelo vereador Reimont, já escreveu para o JFD.
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Maristela Zamoner, pesquisadora e autora de livros sobre dança de salão, escreve para a coluna Um Pouco de História, do JFD
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Felipe Berocan Veiga, chefe do dpto de antropologia da UFF, escreveu para o JFD e participou de palestras organizadas pela AMAragão Edições e Eventos
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Elaine Reis, professora de dança de salão e diretora de academia de dança, teve seus textos publicados no JFD, originando o livro de crônicas Pé de Valsa, publicado pela editora do jornal
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Nem por isso perdemos o espírito crítico. Porque a dança tem, e sempre terá, coisas a corrigir e melhorar. É neste ponto que entra a importância de jornais como este, com um corpo de editores e articulistas da melhor qualidade. A cada edição o Falando de Dança agrega ao meio conhecimento e instrumentos de análise, para uma dança melhor. Tanto na sua essência individual, aquilo que motiva cada pessoa, como dançarino e apreciador do baile, como no grupo social que ela abarca, reproduzindo, em escala reduzida, o mundo exterior. Nas suas virtudes, beleza, defeitos, diversidade e contradições.
Além dos seus aspectos estéticos, a dança envolve um comportamento social. Requer ética. Impõe limites a todos. E isso a eleva além do entretenimento: é uma forma de exercer cidadania. Na integração racial, no uso do espaço coletivo, sem acidentes e brigas, e principalmente na educação e cordialidade.
O Falando de Dança tem esta percepção e vem cumprindo de forma exemplar sua função como jornal, não apenas informativo, mas principalmente como formador de opinião e indutor de comportamentos saudáveis.
Orgulha-me fazer parte destas páginas. Celebro com todos, a equipe, anunciantes e leitores, esta data especial. Que se reproduza e seja longa a vida deste querido jornal.
Milton Saldanha, jornalista e fundador do jornal Dance (SP), escreve para a coluna Opinião, do JFD
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Após esse primeiro contato, a primeira vez que fui citado no JFD foi na edição 8, de 2008, em matéria sobre a sexta e última edição do congresso que realizei, o Salão Rio Dança. Ainda fui citado nas edições 9 e 10, antes de escrever meu primeiro artigo no jornal, na edição 17 de 2009: “Padronizar ou deixar nosso Samba morrer?”. Esse artigo tinha relação com meu trabalho de pesquisa histórica sobre o Samba de Gafieira, que resultou no lançamento de meu livro “Samba de Gafieira: a história da dança de salão brasileira”, em 2001. Porém, foi apenas na edição 19 que minha coluna tomou ares de permanente, quando escrevi o obituário de Maria Antonietta em artigo de duas páginas. A partir desse momento comecei a escrever regularmente artigos sobre a história da dança e eventuais obituários de personalidades de nosso meio. Escrevi também críticas de filmes e crônicas ficcionais, e até mesmo duas fábulas, sempre com a dança como temática. Em algumas edições também atuei como fotojornalista, fornecendo coberturas fotográficas de eventos da dança.
Com meu site dancadesalao.com perdi a conta de quantos anúncios trocamos. Seja para venda de meus livros ou mesmo como fotógrafo, sempre tinha um espaço sobrando para mim na seção de anúncios do JFD.
Em 2011 resolvi lançar meu segundo livro: “200 anos de Dança de Salão no Brasil”. Um livro que organizei e contém artigos meus e de diversos autores, entres eles Leonor Costa. Para o lançamento do livro tive total apoio dos editores do JFD, que também me permitiram lançá-lo pela editora que possuem. Em 2012 lancei os volumes 2 e 3 do livro, também pela editora do jornal, e em seguida o volume 4. No momento estou trabalhando no volume 5, ainda sem data de lançamento. A divulgação do lançamento dos volumes, bem como as coberturas desses lançamentos, foram publicadas em várias edições do JFD.
Em 2016 proferi minha palestra sobre a história da dança de salão, em evento realizado pelo JFD, no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro (CCoRJ).
Posso dizer, então, que estive presente das mais variadas formas no JFD nesses últimos 10 anos e é com grande felicidade que vejo essa comemoração de aniversário acontecer. Que venham muitos outros.
Marco Antonio Perna, autor de livros, pesquisador e administrador de site sobre dança de salão, escreve para o JFD sobre temas variados, como comportamento, dança na mídia e personagens da nossa história.
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Dez anos de tentativas de superação. De suportar ventanias que ora levavam todas as páginas já escritas e tudo havia de recomeçar, de estar aqui e ali ao mesmo tempo para recolher mais um material que substituirá o outro que é melhor do que este, enfim...
A comemoração é solitária porque é contida. Não é pública, de todos com todos. Não é ato de confraternidade. É, sim!, um grande aplauso que seus organizadores e operadores se dão frente a um espelho que os reflete, solitários, eles que, apenas eles, sabem como esse caminho foi percorrido, sobre quais e quantas pedras tropeçaram, quantas vezes o desânimo quase os derrotou se não fosse a esperança da perpetuação do sonho ficar em arquivos.
A plateia não sorriu nem chorou por dez anos. Nem se interessou nem esteve alheia. É plateia neutra, oportunista, que se valeu apenas do que seus olhos quiseram ver e ler. Ventanias de desinteresse folhearam páginas de forma urgente para verem as fotos do último baile ou do anúncio que vende ou não vende.
Enquanto isso, matérias excepcionalmente bem escritas acerca da história da dança, sua evolução, os trilhos sobre os quais passou, assim como notícias extremamente interessantes trazidas pelos tijolinhos de informação da Editora, enfim, contos, relatos, textos, todos, sem exceção, de muito boa qualidade técnica e editorial estiveram à disposição, em vitrine para onde não olharam esses que se dizem amantes da dança.
Dez anos buscando modernização de conteúdo para a plateia sentada de costas.
Quem ama a dança, ama a arte. Não é possível separar esses dois crimes.
Mas não amaram nem o que o Jornal Falando de Dança disse, pretendeu dizer, tentou dizer e melhorou o que já dissera, aperfeiçoou o que tentou e conseguiu dizer.
Não houve troca nem eco. Foram dez anos surdos e mudos. Não foram cegos porque tinham fotos e apenas estas foram lidas, entendidas, relidas, vistas novamente.
Jornais sobre mesas de clubes estiveram como um corpo que caiu ali e morreu abandonado. Os dançantes passavam por ele e sequer ouviam seus sussurros de pedidos de perdão. Perdão por ser um material de tão brilhante conteúdo, perdão por ser o fruto de um trabalho incessantemente dedicado a entregar informação de excelente qualidade, perdão porque o exemplar ficava na mesma mesa abandonado até um garçom recolhê-lo e sepultá-lo em alguma lixeira sem som. Perdão por não conseguir superar o desinteresse que os dançantes têm por quase tudo que não seja imediato, superficial, desnecessário, pilhéria, sem responsabilidade com um único pensamento sequer. Como se viver fosse apenas ficar de pé e respirar.
Dez anos de manutenção de um sonho vivo é motivo de comemoração, ainda que solitária, não importa. Melhor é, se assim se pode dizer, voltar o olhar para esse salão onde tudo começou e serenamente sentir que tudo valeu cada minuto vivido na direção do sonho que se tornou realidade ainda que a plateia não tenha entendido o conteúdo.
Porque a plateia não entende sequer o que é o sonho de fazer um jornal circular em vários clubes, bairros, cidades, pelas mãos de pessoas que são o objeto do sonho. Elas não sabem, ainda, que o sonho tem nelas seu alvo. Que o cansaço, tanto quanto o desânimo, nascem delas porque o sonho está sendo alvejado a cada edição que se busca não deixar o jornal falecer sobre uma mesa de um clube qualquer.
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Assim diz a canção de Geraldo Vandré, que quem sabe faz a hora. E a hora é de prosseguir por mais dez ou muitos dez outros anos e enquanto um único baile existir.
Maria Augusta, dançarina, publica no JFD suas crônicas sobre o dançarino Rato
- Leia AQUI o depoimento da editora Leonor Costa, sobre os dez anos do JFD
- Leia AQUI o depoimento do editor Antonio Aragão, sobre os dez anos do JFD
- Leia (ou baixe) AQUI a edição dos dez anos, em pdf (ed. 121 - out/2017)
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