Pular para o conteúdo principal

Classe da dança lança manifesto para que Funarte publique o edital Prêmio Klauss Vianna


Representantes de entidades e coletivos da dança lançaram manifesto na internet para que seja publicado o edital do Prêmio Klauss Vianna da Dança. Em busca do aumento do número de subscrições ao manifesto, publicado no Coogle Formulários, Bia Mattar circulou pelo Festival de Dança de Joinville em campanha corpo-a-corpo.

O edital do Prêmio Klauss Vianna da Dança não foi lançado em 2016 e, pelos vistos, não será lançado este ano, se a classe da dança não se movimentar. 

O manifesto também pleiteia que sejam de fato aplicados no Fundo Nacional de Cultura (FNC) os 3% das loterias da Caixa, como manda a Lei. O governo, alegando necessidade de contingenciamento, tem retido seguidamente o repasse da verba.

Diz o texto, endossado, dentre outros, pelo Colegiado Setorial de Dança e pelo Conselho Nacional de Políticas Culturais: 
Diante da atual postura do Governo Federal para com as Artes e as recentes ações de desmantelamento das políticas públicas e programas de fomento e manutenção dos programas culturais da FUNARTE, reforçamos o destaque para a aplicação no Fundo Nacional de Cultura (FNC), no repasse dos 3% das loterias ao FNC, que são previstos em Lei e não sendo cumpridos. E, ainda, como forma de anunciar e questionar o descaso com que o Ministério da Cultura vem tratando a única instituição federal que tem se dedicado a promover ações para dança entendida como arte. 
O Colegiado Setorial de Dança vem solicitar o lançamento do Prêmio Klauss Vianna 2017 e garantia de recursos para seu pagamento integral.
A principal história do Centro de Artes Cênicas da Funarte tem sido a realização dos prêmios voltados a suas 3 linguagens: Dança, Teatro e Circo. Criado em 2006 como forma de perenizar a atuação do Estado no campo da produção, manutenção e circulação das artes cênicas no Brasil, representam programas de políticas públicas de fomento alinhadas com os planos setoriais construídos por inúmeras mãos em reuniões, fóruns, conferências a partir do Plano Nacional de Cultura.
Neste manifesto, os artistas de todo o país visam a pressionar o MinC a reconhecer e fortalecer a FUNARTE no organograma de seu funcionamento/orçamento e, em caráter de urgência, lançar o Prêmio Klauss Vianna 2017. 
Para exemplificar as dificuldades que estamos atravessando ao longo das últimas gestões públicas, os artistas passaram por seguidos atrasos no pagamento do Prêmio Klauss Vianna de Dança em 2014 e 2015; em 2016 não lançaram o prêmio; e agora em 2017 ninguém diz nada sobre a retomada do único instrumento democrático promovido especificamente para a dança no âmbito da FUNARTE. 
Por outro lado, é anunciado o lançamento de outros prêmios que não se atualizaram com os planos de trabalho levantados durante as 3 conferências nacionais de cultura e seus planos setoriais. 
Especialmente em relação aos itens 4.3.7 e 5.1.2 do Plano Nacional de Dança, o primeiro constante do eixo de Desenvolvimento sustentável, diz respeito à ampliação e atualização do sistema de acompanhamento das informações e dados relativos às ações, editais e recursos econômicos da área cultural. E, o segundo, da Participação Social, onde prevê a “ampliação dos instrumentos de acompanhamento e avaliação das políticas culturais voltadas para a dança, com divulgação e análise de resultados”. 
Finalmente, o Colegiado Setorial de Dança, na forma de sua representatividade nacional no Conselho Nacional de Políticas Culturais do MINC, vem, por meio deste documento, exigir que se cumpra o modelo de fomento para as áreas específicas. No caso da dança, o Prêmio Klauss Vianna 2017, no escopo de ações da FUNARTE, na tentativa de diminuir o prejuízo recorrente que o Ministério da Cultura vem impondo à cadeia produtiva das artes.
Interessados em subscrever o manifesto e fortalecer este movimento, podem acessar AQUI o link para preenchimento do formulário.

Saiba Mais:
Saiba AQUI quem foi Klauss Vianna e sua importância para a história da dança no Brasil.

Acesse AQUI o acervo sobre Klauss Vianna (fotos, vídeos, depoimentos).

Saiba AQUI quem foram os habilitados em 2015 para o edital Klauss Vianna da Dança

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Personagens da nossa história: Mário Jorge, o Rei dos Salões

Mário Jorge, o Rei dos Salões Ele foi um dos maiores dançarinos – se não o maior – de nossos salões. Isto dito por inúmeras testemunhas que o viram criar nas pistas movimentos hoje incorporados definitivamente aos ritmos dançados a dois. Um trágico acidente o retirou das pistas e ele virou lenda. Décadas mais tarde, ao ser homenageado em um evento, eis que ele encontra a mulher da sua vida, que o ajudaria em sua reabilitação e o colocaria novamente sob as luzes dos holofotes. Estamos falando de MÁRIO JORGE MESSIAS MATOS, o “rei dos salões”, como era chamado nos anos sessenta, que recentemente oficializou sua união com D. Íris Neira, queridíssima administradora da Academia Carlos Bolacha. Foi o casamento mais comentado dos últimos tempos (foto abaixo). “Nem provei do buffet, pois não paravam de nos fotografar”, comentou Íris. . Empenhada em pesquisar e divulgar a história do marido (“muitas fotos se perderam e, dos filmes, só consegui recuperar dois, que precisam ser restaurados”), Íris...

Um pouco de história

Madame Poças Leitão Por Carla Salvagni* Louise Frida Reynold Poças Leitão é o nome completo de Madame Poças Leitão, que chegou em São Paulo em 1914, deixando Lousanne, na Suiça. Logo percebeu que os jovens das famílias mais abastadas necessitavam urgentemente de noções básicas de etiqueta. Fundou então a aristocrática “Escola de Dança de Salão e Boas Maneiras”**, em São Paulo. A dança de salão estava incluída no conhecimento básico de etiqueta, era indispensável na vida social requintada. Madame Poças Leitão representou a primeira (senão única) e mais importante escola de dança de salão nas classes altas, em contraste com inúmeros professores que atuavam principalmente na periferia de São Paulo e Rio de Janeiro, vários associados às casas de prostituição e/ou bailes populares (mas isso já é outra história, que oportunamente trataremos). Assim, graças a essa divisão por classe econômica e nível social do início do século, até hoje define-se duas linhas básicas de trabalho e duas his...

Um pouco de história: Retrato da malandragem carioca, a Lapa o refugio de muitos boêmios

Considerada uma Montmartre brasileira, ela nos proporciona vários tipos de diversão, desde um simples jantar fora, a uma noite badalada de musicas eletrônicas, a muito mais... Lá você encontra samba, pagode, rock, musica moderna, show ao vivo com MPB, forró, e muito mais.  No bairro da Lapa, antes uma praia conhecida como Areias de Espanha, nasceu em volta do seminário e capela construídos em louvor de Nossa Senhora da Lapa do Desterro, em 1751, daí o nome bairro da Lapa. E, sequencialmente foram surgindo outras obras de valor arquitetônico e histórico, como a abertura da Rua do Riachuelo ( Rua de Mata Cavalos ), a Rua do Lavradio na década de 1770, o Passeio Público que foi a primeira praça pública da cidade, criado com o aterro da Lagoa de Boqueirão da Ajuda, em 1783, pelo Vice-Rei D. Luiz Vasconcelos, o Aqueduto Carioca, chamado de Arcos da Lapa e com o passar dos anos outras obras foram surgindo em melhoria da localidade, como a abertura da a Avenida Mem de Sá. A Lapa fi...