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Coletivo Desvelo apresenta “Praga da Dança” nos dias 10 e 11 de março em São Paulo



No dia 10, grupo de bailarinos se apresentará em frente Biblioteca Prestes Maia, às 14h. No dia 11, a apresentação será em frente ao Ponto de Leitura de São Mateus, também às 14h


Com apresentações nesta quinta (10/03) e sexta-feira (11/03), o Coletivo Desvelo levará a “Praga da Dança” para mais dois pontos de cultura da cidade de São Paulo. Desta vez, as apresentações serão em frente à Biblioteca Prestes Maia, no dia 10, às 14h; e em frente ao Ponto de Leitura de São Mateus, no dia 11, também às 14h. O espetáculo é gratuito.

Livremente inspirado no fenômeno de mesmo nome ocorrido na França em meados do século XVI,

“Praga da Dança” traz para as ruas da cidade a experiência de contaminação, de se exaustar para contaminar, a fim de instigar o público na ocupação dos espaços de circulação, imergindo assim numa grande dança celebração.

Trata-se de um efêmero acontecimento cênico nas ruas da cidade que traz à tona para os corpos presentes uma disputa dos limites físicos e mentais, atingindo colapsos entre matéria e espírito.

Praga da Dança evoca reminiscências corporais. Uma lembrança da dança oculta de cada corpo embarcando em um transe enfermo e místico com intuito de atingir sua exaustão para uma contaminação direta entre espaço, público e artistas.

A Praga da Dança

A Praga da Dança, ou Epidemia de Dança foi um caso de dançomania ocorrido em Estrasburgo, na França em julho de 1518. Na ocasião, diversas pessoas dançaram sem descanso por dias a fio e, no período de aproximadamente um mês, a maioria veio a falecer em consequência de ataques cardíacos, derrames ou exaustão.

O fenômeno teve início quando uma mulher, Frau Troffea, começou a interpretar passos frenéticos de dança numa rua da cidade de Estrasburgo aparentemente sem qualquer motivo. O fenômeno continuou a manifestar-se em torno de quatro a seis dias e numa semana, outras trinta e quatro pessoas já integravam a dançomania, sendo que, passado um mês, havia aproximadamente 400 dançarinos nas ruas.

Documentos históricos, incluindo "observações médicas, sermões catedráticos, crônicas locais e regionais, e mesmo notas divulgadas pelo conselho municipal de Estrasburgo" esclarecem que as vítimas estavam a interpretar passos de dança e não apenas se contorciam de forma aleatória. 

O motivo de essas pessoas dançarem obstinadamente até o esgotamento de suas energias jamais foi identificado.


Inspirado por este evento, o Coletivo Desvelo, por meio das danças contemporâneas, navega pelas memórias das sensações a fim de dar continuidade à praga: a praga volta, a praga pega.

Sobre o Coletivo Desvelo – O Coletivo Desvelo surge em 2013 com intuito de aproximar os artistas envolvidos a partir das somas e particularidades vivenciadas por cada intérprete presente. O objetivo é encontrar uma estética plural e coesa entre as danças contemporâneas e a relação do ser em sua dimensão cotidiana. A princípio, com trabalhos de dança voltados para a fotografia, teve sua primeira ação intitulada “Janela do Vazio”, onde a discussão da solidão e das relações de afeto, questiona a necessidade de fazer parte de algo, ou de uma tribo para se fazer necessário na sociedade. Já em 2015, com a criação do espetáculo de rua “Praga da Dança” (contemplado pelo Programa VAI I), o coletivo faz um resgate através de relatos e registros acometidos em meados do século XVI, onde uma manifestação de mesmo nome levou a França e suas autoridades ao caos/celebração dançante.

SERVIÇO:

Espetáculo de rua “Praga da Dança”

Coletivo Desvelo

Apresentação no dia 10/03 (quinta-feira), às 14h, em frente à Biblioteca Prestes Maia, à Av. João Dias, 822, Santo Amaro, São Paulo, SP.

Apresentação no dia 10/03 (sexta-feira), às 14h, em frente ao Ponto de Leitura de São Mateus, à R. Fortaleza de Itapema, 268, Jardim Vera Cruz, São Paulo, SP.

Espetáculo gratuito

Duração: 45 minutos

Classificação etária: livre

FICHA TÉCNICA

Direção e Concepção: Djalma Moura

Intérpretes-Criadores: Heloísa Amazonas, Mônica Caldeira, Victor Amaro, Juliana Nascimento e Djalma Moura.

Criação Musical: Leandro Perez

Figurino: Coletivo Desvelo

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