Pular para o conteúdo principal

A Semana da Dança de Salão 2014 foi assunto da seção "Mensagem ao leitor" da ed 86 do JFD, saiba mais.

"Mensagem ao leitor"

Inicio agradecendo aos leitores que nos parabenizaram pelo aniversário de fundação deste periódico cultural. Estendemos os agradecimentos àqueles que nos ajudam a manter a regularidade da impressão, de diversas maneiras: trabalho voluntário, fornecimento de conteúdo, ajuda na distribuição e na conferência, patrocínios (assinaturas e anúncios) e doações. Agradecemos também àqueles que, lendo ou não o apelo que fizemos neste espaço na edição passada, se manifestaram por escrito sobre nosso trabalho. E registro aqui dois contatos curiosos feitos por telefone: o de uma nova assinante, que tomou conhecimento da existência do jornal porque o encontrou sobre um banco de uma estação de metrô; e o de um diretor de clube em Itaboraí, que ficou conhecendo o jornal ao frequentar a academia de um de nossos colaboradores em Maricá.

Quanto ao conteúdo desta edição, destaco dois eventos que se assemelham e que destoam entre si: a Semana da Dança de Salão do RJ e a Semana da Cultura Latina em SP. Enquanto em São Paulo a ideia de um congresso de salsa ganhou proporções maiores e hoje é um bem sucedido empreendimento com apoio do empresariado local e com destaque na grande mídia, nossa Semana da Dança de Salão continua sem receber a merecida atenção de nossos empreendedores culturais. Motivos para essa diferença existem vários. Mas algumas atitudes ajudam a compreender melhor a situação. Em São Paulo, o evento é gerenciado como um projeto com fins lucrativos, com visão empresarial, seus produtores assumem riscos, correm atrás de patrocínio, contam com o empenho dos profissionais participantes em promover o projeto e até angariar inscrições. O evento ganha público, o profissional ganha projeção e é remunerado pelo seu trabalho. No Rio, berço da dança de salão brasileira, há leis em abundância (dia do dançarino de salão, semana da dança de salão, dança de salão patrimônio cultural imaterial), mas nota-se uma falta de visão dos profissionais para com o potencial econômico do uso dessas leis. Ninguém aqui se habilita a correr riscos? Há um clima de concorrência no ar? Então que se fortaleça a entidade sem fins lucrativos que temos a disposição para coordenar de forma imparcial esse processo. Fica o exemplo paulista para mostrar como se faz.

Leia online a edição 86 do JFD AQUI
_____________

Leonor Costa é editora do Jornal Falando de Dança | email: contato@ jornalfalandodedanca.com.br

>>> Saiba mais sobre a Semana da Dança de Salão e sobre as atividades da Associação dos Profissionais e Dançarinos de Salão comparecendo ao coquetel de lançamento da Semana da Dança de Salão, domingo, dia 23/11, no Centro Coreográfico. Entre em contato com a APDS para confirmar presença e saber detalhes da programação. Contato: 9-9968-4005 (Jaime José).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Pole Dance: saiba um pouco sobre as origens da dança e conheça a professora de dança de salão que treinou o elenco global

A professora Alexandra Valença e suas alunas no Projac Como tudo o que aparece nas novelas, o Pole Dance, apresentado ao público na novela Duas Caras, ganhou destaque na mídia e despertou o interesse de leigos e profissionais para essa forma sensual de dançar.  Nesta matéria, saiba um pouco sobre as origens da dança e conheça a professora de dança de salão que treinou o elenco global. Dançar em volta de instrumentos verticais já era uma prática em culturas milenares da Ásia.  O nome Mallakhamb, por exemplo, designa uma modalidade de ioga praticada num varão de madeira ou numa corda. Já o Mallastambha consistia no uso de um varão de ferro por lutadores, para aumentar a força muscular.  De fato, os movimentos em torno da vara trabalha o condicionamento físico, fortalecendo, sobretudo a musculatura de braços, abdome e pernas. Como a conhecemos no ocidente, a dança na vara, ou Pole Dance, surgiu na Inglaterra, passou para a Europa e foi para os Estado...

Um pouco de história

Madame Poças Leitão Por Carla Salvagni* Louise Frida Reynold Poças Leitão é o nome completo de Madame Poças Leitão, que chegou em São Paulo em 1914, deixando Lousanne, na Suiça. Logo percebeu que os jovens das famílias mais abastadas necessitavam urgentemente de noções básicas de etiqueta. Fundou então a aristocrática “Escola de Dança de Salão e Boas Maneiras”**, em São Paulo. A dança de salão estava incluída no conhecimento básico de etiqueta, era indispensável na vida social requintada. Madame Poças Leitão representou a primeira (senão única) e mais importante escola de dança de salão nas classes altas, em contraste com inúmeros professores que atuavam principalmente na periferia de São Paulo e Rio de Janeiro, vários associados às casas de prostituição e/ou bailes populares (mas isso já é outra história, que oportunamente trataremos). Assim, graças a essa divisão por classe econômica e nível social do início do século, até hoje define-se duas linhas básicas de trabalho e duas his...

Campeões do IX Baila Duo – Concurso de duplas de dança de salão

Daniel Lessa e Letícia Bernardes, de São Paulo, Gutto Heinzen e Thaís Vieira, de Florianópolis, respectivamente nas categorias profissional e amador, venceram o IX Baila Duo – Concurso de Duplas de Dança de Salão. O campeonato realizado no dia 21/4 no centro de convenções do Majestic Palace Hotel integrou a programação da XIII Mostra de Dança de Salão – Baila Floripa, que reuniu desde sexta-feira (18/4) cerca de quatro mil pessoas de diversas regiões do Brasil para uma agenda de workshops, espetáculos e bailes. A disputa coordenada por João Biasotto e Marlon Marian foi dividida em duas etapas, começando pelas eliminatórias de manhã com oito casais em cada categoria. Os concorrentes de Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Volta Redonda (RJ) foram avaliados pelos professores Juliana Magalhães e Léo Fortes, do Rio de Janeiro; Brenda Carvalho e Jota Junior, de São Paulo; e Jall Martins, de Curitiba. Daniel Lessa e Letícia Bernardes, de São Paulo, 1...