Pular para o conteúdo principal

Competir ou não competir? Leia aqui o editorial de Leonor Costa para a edição de junho do JFD

Quando no início do ano anunciamos a realização de um concurso de dança em evento internacional aqui no Brasil (Arnold Classic Brasil), três pesquisadores em dança assinaram artigos para o JFD, nos quais se mostravam apreensivos quanto à subjetividade no processo de julgamento. No entanto, pelo que apresentamos nesta edição, concluímos que, na avaliação dos prós e contra, a balança pende favoravelmente para as competições. Elas são desafiadoras, estimulando o ensaio e o condicionamento físico dos dançarinos. Elas são subjetivas, sim, fazendo com que competidores se preocupem em estudar cada quesito da pontuação e observar a produção dos melhores colocados. São também momentos propícios para a troca de experiências, o convívio social, a solidariedade. E uma grande oportunidade de colocar a dança de salão na "vitrine" do mundo, divulgando sua prática e incentivando os jovens a se inscreverem numa academia.

Nesta edição, trazemos detalhes sobre quatro tipos distintos de competições, cada qual, a sua maneira, incentivando a prática da dança de salão: a 10ª edição da dança dos famosos, de grande audiência, que faz com que nossos profissionais da dança de salão sejam reconhecidos fora da nossa comunidade; o Arnold Classic Brasil, que abriu espaço para o forró, o samba e o zouk brasileiro numa competição de chancela internacional, algo inédito até aqui; o prometido concurso de dança do SBT, que oferece premiação de R$ 200 mil reais; e o Swing Diego 2013, nos EUA, onde o hino nacional brasileiro foi tocado graças à atuação de nossos competidores, como nos conta a profª Kelly Reis, em entrevista exclusiva ao JFD.

Além de Kelly Reis, entrevistamos para esta edição Yolanda Braconnot, que nos conta sobre sua luta para preservar a AAVI, clube que preside; Carlinhos de Jesus, que se manifesta a respeito do concurso de dança do Arnold Classic Brasil; e Denise Serpa, cuja entrevista nos permitiu elaborar a matéria sobre a participação de dançarinos de lindy hop no programa de Fátima Bernardes, na Rede Globo.

Na parte de cinema, Marco Antonio Perna faz um relato interessante sobre a première do documentário Favela Beat, que tem a participação de vários profissionais da dança de salão carioca.

E Elaine Reis, na seção Pé de Valsa, relata uma situação temida por qualquer dono de academia de dança: a interdição pelo corpo de bombeiros.

Isso tudo, e mais as seções Pefil, Pequenas Notas, Circulando e Roteiro de bailes, nos permitem afirmar que não falta assunto na seara da dança. E, graças aos anúncios de bailes e serviços de nossos patrocinadores, este mês mantivemos as vinte páginas desta edição, oferecendo bastante informação aos dançarinos esclarecidos, para ser assimilada entre uma música e outra no salão ou na academia de dança.

Porque dançarino que é dançarino lê jornal, sim. Mas de dança. E somente quando a banda interrompe a música para lanchar!

Então, bom baile e boa leitura.

Leia on line a edição de junho/2013 (nº 69) do Jornal Falando de Dança, AQUI.

___________

Leonor Costa é editora do JFD

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Um pouco de história

Madame Poças Leitão Por Carla Salvagni* Louise Frida Reynold Poças Leitão é o nome completo de Madame Poças Leitão, que chegou em São Paulo em 1914, deixando Lousanne, na Suiça. Logo percebeu que os jovens das famílias mais abastadas necessitavam urgentemente de noções básicas de etiqueta. Fundou então a aristocrática “Escola de Dança de Salão e Boas Maneiras”**, em São Paulo. A dança de salão estava incluída no conhecimento básico de etiqueta, era indispensável na vida social requintada. Madame Poças Leitão representou a primeira (senão única) e mais importante escola de dança de salão nas classes altas, em contraste com inúmeros professores que atuavam principalmente na periferia de São Paulo e Rio de Janeiro, vários associados às casas de prostituição e/ou bailes populares (mas isso já é outra história, que oportunamente trataremos). Assim, graças a essa divisão por classe econômica e nível social do início do século, até hoje define-se duas linhas básicas de trabalho e duas his...

Pole Dance: saiba um pouco sobre as origens da dança e conheça a professora de dança de salão que treinou o elenco global

A professora Alexandra Valença e suas alunas no Projac Como tudo o que aparece nas novelas, o Pole Dance, apresentado ao público na novela Duas Caras, ganhou destaque na mídia e despertou o interesse de leigos e profissionais para essa forma sensual de dançar.  Nesta matéria, saiba um pouco sobre as origens da dança e conheça a professora de dança de salão que treinou o elenco global. Dançar em volta de instrumentos verticais já era uma prática em culturas milenares da Ásia.  O nome Mallakhamb, por exemplo, designa uma modalidade de ioga praticada num varão de madeira ou numa corda. Já o Mallastambha consistia no uso de um varão de ferro por lutadores, para aumentar a força muscular.  De fato, os movimentos em torno da vara trabalha o condicionamento físico, fortalecendo, sobretudo a musculatura de braços, abdome e pernas. Como a conhecemos no ocidente, a dança na vara, ou Pole Dance, surgiu na Inglaterra, passou para a Europa e foi para os Estado...

Campeões do IX Baila Duo – Concurso de duplas de dança de salão

Daniel Lessa e Letícia Bernardes, de São Paulo, Gutto Heinzen e Thaís Vieira, de Florianópolis, respectivamente nas categorias profissional e amador, venceram o IX Baila Duo – Concurso de Duplas de Dança de Salão. O campeonato realizado no dia 21/4 no centro de convenções do Majestic Palace Hotel integrou a programação da XIII Mostra de Dança de Salão – Baila Floripa, que reuniu desde sexta-feira (18/4) cerca de quatro mil pessoas de diversas regiões do Brasil para uma agenda de workshops, espetáculos e bailes. A disputa coordenada por João Biasotto e Marlon Marian foi dividida em duas etapas, começando pelas eliminatórias de manhã com oito casais em cada categoria. Os concorrentes de Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Volta Redonda (RJ) foram avaliados pelos professores Juliana Magalhães e Léo Fortes, do Rio de Janeiro; Brenda Carvalho e Jota Junior, de São Paulo; e Jall Martins, de Curitiba. Daniel Lessa e Letícia Bernardes, de São Paulo, 1...