Morreu na madrugada desta quarta-feira (20) o cantor Emílio Santiago , 66 anos, que estava internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da clínica.
O sambista não resistiu a um acidente vascular cerebral (AVC) sofrido no último dia 7 de março, dia em que deu entrada no hospital. A causa e horrário da morte ainda não foram informados.
Emílio Santiago é filho musical dos grandes festivais dos
anos de 1970 que aconteciam no eixo Rio – São Paulo. Com 29 discos lançados, o
cantor ficou famoso por diversas canções, entre elas “Transa de Amor”, “Saravá
Negra” e “Saygon”.
Nascido no Rio de Janeiro em 6 de dezembro de 1946, de uma família humilde foi adotado quando tinha seis dias de vida. Chegou a se formar em Direito, como queriam seus pais. Porém, apaixonado por música, começou a participar de festivais e programas de televisão como "A Grande Chance", apresentado por Flávio Cavalcanti.
Em 1973 gravou o primeiro compacto, "Transas de Amor", e em 1975 lançou o disco "Emílio Santiago", produzido por Durval Ferreira. Passou a fazer shows em casas do Rio de Janeiro e de São Paulo e, depois, em outros Estados do Brasil.
Em 1988 foi convidado por Roberto Menescal e Heleno Oliveira para fazer "Aquarela Brasileira", uma série de discos que reúnem releituras de clássicos brasileiros. Foi com esse trabalho que se tornou um nome conhecido nacionalmente e começou a ganhar prêmios e ter canções na trilha sonora de novelas.
O álbum mais recente, "Só Danço Samba", foi
lançado em 2010 e comemorou seus 40 anos de carreira. O disco reúne canções
consagradas como "Samba de Verão"e "Na Onda do Berimbau",
além de músicas recentes compostas por Jorge Aragão e Mart'náia.
Veja abaixo um vídeo do dvd "Só danço samba"
Santiago criticou a pasteurização dos
intérpretes da MPB. “Na minha geração, na hora se identificava quem estava
cantando no rádio. Agora não é mais assim”, afirmou.
Questionado sobre o motivo de não ter se engajado no
movimento gay, ele disse: "Não quis e nem quero levantar bandeira. Sempre
tive minha vida de forma muito natural. Sou totalmente liberto de qualquer
preconceito, medo ou receio sobre este aspecto. Nunca me escondi. Sou autêntico
com minha vida."
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