Pular para o conteúdo principal

Espaço Furnas Cultural Apresenta: Tributo a Waldir Azevedo - 90 anos


23 e 24/03 – sábado às 20h, domingo às 19h


O show do virtuoso e showman Ronaldinho do Cavaquinho é uma viagem pela história da música instrumental e do choro.

Considerado o herdeiro de Waldir Azevedo, Ronaldinho do Cavaquinho presta uma bela homenagem ao mestre do choro, que comemoraria seus 90 anos em 2013.

Sobre Waldir Azevedo:

Waldir Azevedo foi um pioneiro que retirou o cavaquinho de seu papel de mero acompanhante no choro e o colocou em destaque como instrumento de solo, explorando de forma inédita as potencialidades do instrumento.

Nasceu em 1923 na cidade do Rio de Janeiro, no bairro da Piedade, e passou a infância e a adolescência no bairro do Engenho Novo. Manifestando interesse em música ainda criança, Waldir conseguiu comprar uma flauta transversal aos sete anos de idade, depois de juntar dinheiro capturando passarinhos e vendendo-os.

Já adolescente, conheceu um grupo de amigos que se reunia aos sábados para tocar e, por influência deles, acabou por trocar a flauta pelo bandolim. Pouco tempo depois trocou o bandolim pelo cavaquinho, instrumento que deixou de lado quando o violão elétrico ganhou projeção no Brasil.

Durante a década de 1950 fez grande sucesso com composições como "Brasileirinho", "Pedacinhos do Céu", "Delicado", "Chiquita" e "Vê Se Gostas", e as composições de Waldir o projetaram internacionalmente. Durante 11 anos viajou com seu conjunto por países da América do Sul e Europa, incluindo duas viagens patrocinadas pelo Itamaraty na Caravana da Música Brasileira. Suas composições tiveram gravações no Japão, Alemanha e Estados Unidos, onde Percy Faith e sua orquestra atingiram a marca de um milhão de cópias vendidas com uma gravação de Delicado. Waldir chegou a participar de um programa na BBC de Londres, transmitido para 52 países.

Abaixo uma das composições mais famosas de Waldir


Em 1964, com a morte de sua filha Miriam aos 18 anos, afastou-se da música. Mudou-se para Brasília em 1971, aos 48 anos, onde sofreu um acidente com um cortador de grama onde quase perdeu seu dedo anular, e foi forçado a ficar sem tocar por um ano e meio. Após cirurgias e fisioterapia, recuperou-se e voltou a gravar.

Waldir Azevedo morreu em 1980 na Beneficência Portuguesa de São Paulo em decorrência de um aneurisma da aorta abdominal, poucos dias antes de começar as gravações de um novo álbum — meticuloso, Waldir ainda deixou instruções para os músicos gravadas em fita cassete.


O Espaço Furnas Cultural fica na Rua Real Grandeza, 219 – Botafogo – Rio de Janeiro

Retirada de ingressos

Os ingressos serão distribuídos 1 hora antes dos espetáculos, na portaria da Rua Real Grandeza, 219, e serão limitados à capacidade do auditório: 170 lugares.

Fonte: Espaço Furnas Cultural

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Personagens da nossa história: Mário Jorge, o Rei dos Salões

Mário Jorge, o Rei dos Salões Ele foi um dos maiores dançarinos – se não o maior – de nossos salões. Isto dito por inúmeras testemunhas que o viram criar nas pistas movimentos hoje incorporados definitivamente aos ritmos dançados a dois. Um trágico acidente o retirou das pistas e ele virou lenda. Décadas mais tarde, ao ser homenageado em um evento, eis que ele encontra a mulher da sua vida, que o ajudaria em sua reabilitação e o colocaria novamente sob as luzes dos holofotes. Estamos falando de MÁRIO JORGE MESSIAS MATOS, o “rei dos salões”, como era chamado nos anos sessenta, que recentemente oficializou sua união com D. Íris Neira, queridíssima administradora da Academia Carlos Bolacha. Foi o casamento mais comentado dos últimos tempos (foto abaixo). “Nem provei do buffet, pois não paravam de nos fotografar”, comentou Íris. . Empenhada em pesquisar e divulgar a história do marido (“muitas fotos se perderam e, dos filmes, só consegui recuperar dois, que precisam ser restaurados”), Íris...

Um pouco de história

Madame Poças Leitão Por Carla Salvagni* Louise Frida Reynold Poças Leitão é o nome completo de Madame Poças Leitão, que chegou em São Paulo em 1914, deixando Lousanne, na Suiça. Logo percebeu que os jovens das famílias mais abastadas necessitavam urgentemente de noções básicas de etiqueta. Fundou então a aristocrática “Escola de Dança de Salão e Boas Maneiras”**, em São Paulo. A dança de salão estava incluída no conhecimento básico de etiqueta, era indispensável na vida social requintada. Madame Poças Leitão representou a primeira (senão única) e mais importante escola de dança de salão nas classes altas, em contraste com inúmeros professores que atuavam principalmente na periferia de São Paulo e Rio de Janeiro, vários associados às casas de prostituição e/ou bailes populares (mas isso já é outra história, que oportunamente trataremos). Assim, graças a essa divisão por classe econômica e nível social do início do século, até hoje define-se duas linhas básicas de trabalho e duas his...

Um pouco de história: Retrato da malandragem carioca, a Lapa o refugio de muitos boêmios

Considerada uma Montmartre brasileira, ela nos proporciona vários tipos de diversão, desde um simples jantar fora, a uma noite badalada de musicas eletrônicas, a muito mais... Lá você encontra samba, pagode, rock, musica moderna, show ao vivo com MPB, forró, e muito mais.  No bairro da Lapa, antes uma praia conhecida como Areias de Espanha, nasceu em volta do seminário e capela construídos em louvor de Nossa Senhora da Lapa do Desterro, em 1751, daí o nome bairro da Lapa. E, sequencialmente foram surgindo outras obras de valor arquitetônico e histórico, como a abertura da Rua do Riachuelo ( Rua de Mata Cavalos ), a Rua do Lavradio na década de 1770, o Passeio Público que foi a primeira praça pública da cidade, criado com o aterro da Lagoa de Boqueirão da Ajuda, em 1783, pelo Vice-Rei D. Luiz Vasconcelos, o Aqueduto Carioca, chamado de Arcos da Lapa e com o passar dos anos outras obras foram surgindo em melhoria da localidade, como a abertura da a Avenida Mem de Sá. A Lapa fi...