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Sucesso do Curso de Qualificação para Instrutores de Dança de Salão leva sindicato a abrir uma segunda turma na segunda quinzena de janeiro

Turma do 1º CQID de dança de salão, tendo, à esquerda, os profs. do curso, Stelinha Cardoso e Bruno Barros, e Denise Acquarone, diretora do Sindicato dos Profissionais de Dança do RJ e coordenadora geral dos CQIDs
A procura foi surpreendente. No primeiro dia de aula do 1º curso, as 25 vagas estavam completas e havia fila para inscrição. “Sem dúvida o curso, inédito, veio a atender a uma demanda, já que as escolas de dança ensinam a dançar, não a dar aulas”, comentou Denise Acquarone, diretora do Sindicato dos Profissionais de Dança do RJ (SPDRJ), em entrevista exclusiva ao JFD, publicada na edição de janeiro (n. 39) do periódico.

Durante a entrevista, Denise explicou-nos que a finalidade de se criar o curso foi dar outra alternativa profissional a quem vive da dança, pois o registro na Delegacia Regional do Trabalho (DRT) é para artistas dançarinos.

Assim, enquanto o registro na DRT dá a qualificação para o profissional se apresentar em espetáculos e casas noturnas, por exemplo, o CQID lhe dará qualificação como instrutor. “São duas coisas distintas, tanto que muitos dos que estão fazendo os CQIDs já possuem DRT”, esclarece Denise, informando que ao final do curso o aluno será certificado pelo SPDRJ e poderá se sindicalizar, recebendo uma carteira do sindicato como “instrutor de dança de salão” e não mais como “artista dançarino”.

Outro ponto esclarecido nesta entrevista foi sobre a necessidade de reconhecimento do curso pelo MEC. “O CQID é amparado pela lei dos cursos técnicos, como os cursos do Sesc, do Sebrae, da Microlins, e, portanto, não precisa de processo na secretaria de educação”, informa Denise. Em função disso, é um curso que não tem territoriedade, ou seja, o SPDRJ pode promover CQIDs em outros estados e até fora do país, como já receberam consultas de SP, MG e da Argentina.

O CQID de dança de salão tem periodicidade quinzenal, sendo as aulas ministradas aos sábados, das 10 às 14h, no Espaço X de Stelinha Cardoso, no Centro do Rio. Tem carga horária total de 80 horas (distribuídas em 4 módulos), exigência de 75% de freqüência para aprovação, além de nota de avaliação igual ou superior a 6. O pré-requisito é ter nível técnico mínimo intermediário e disponibilidade e interesse pelo processo pedagógico. Para avaliação serão considerados os resultados de prova teórica, pesquisas e conceito dos professores. Devido à grande procura pelo CQID de dança de salão, o sindicato já abriu inscrições para uma nova turma, a começar na segunda quinzena de janeiro (informações pelos telefones 2224-5913 / 2531-7541).

O JFD acompanhou a aula do dia 23/10, ministrada pelos coordenadores do CQID de dança de salão, Stelinha Cardoso e Bruno Barros, e pôde constatar o interesse dos alunos em absorver conhecimentos, expor e trocar idéias, em excelente nível de relacionamento. Veja o slide show de nossa visita ao final desta postagem.

“Estamos conscientes de que lidamos com muitos profissionais que já dão aulas e já têm conceitos formados. Alguns corretos, outros precisando de acertos. As discussões durante as aulas vão esclarecendo, definindo conceitos. A intenção é se chegar a um consenso, sem ditar regras”, comentou-nos Stelinha Cardoso.

“O objetivo é estabelecer a médio prazo recomendações a serem seguidas pelas academias e, mais tarde, quem sabe, se chegar a uma nomenclatura básica, como no ballet. Existem muitos nomes para o mesmo movimento e isso pode ser melhorado”, completa Bruno Barros.

Nomenclatura básica de dança de salão é assunto debatido constantemente em congressos e ambos têm consciência de que chegar a um denominador comum não será tarefa fácil. “Pretendemos, em CQID’s futuros, já trabalhar com uma nomenclatura definida para o curso, de forma que os grupos formados já passem a adotá-la de forma mais natural”, informa Stelinha.

Dar nomes aos movimentos não é mesmo prioridade dos coordenadores do curso, que estão mais preocupados em trabalhar estudos rítmicos, musicalidade, postura, história, enfim, proporcionar aos profissionais um conhecimento abrangente nas competências técnicas, culturais e históricas, permitindo uma atuação de qualidade no mercado de trabalho. “O curso é uma oportunidade para troca de informações, sem afetação, com humildade e mente aberta”, explica Bruno. “É um grande bate-papo”, finaliza Stelinha.

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