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Considerações sobre o Dia Internacional da Mulher no âmbito da dança de salão: editorial da edição 17 do Jornal Falando de Dança


A evolução da autoridade

A charge aqui ao lado é uma sátira à evolução do poder feminino na sociedade moderna, na qual a mulher tem papel de destaque, ocupando cargos importantes quer no setor público, quer no privado, e sendo hoje a mantenedora de um número cada vez maior de lares.
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Vale lembrar, no entanto, que o dia 8 de março, oficializado pela ONU em 1977 como o Dia Internacional da Mulher, é data estabelecida em reconhecimento às lutas sociais das mulheres do início do século XX, por igualdade de salários (ganhavam até três vezes menos que os homens) e redução da jornada de trabalho (na época, mais de catorze horas, sendo comum o trabalho noturno).
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Essa luta está longe de acabar, já que ainda hoje não há uma paridade entre os salários dos homens e os das mulheres, e em muitas sociedades as mulheres não gozam das liberdades e dos direitos que os movimentos femininos dos países mais desenvolvidos obtiveram até agora.
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Mas é certo que de uma forma ou de outra o poder da mulher vem aumentando cada vez mais, com peso fundamental em diversos setores da economia. E não precisamos ir além dos limites de nossa comunidade de dança para verificar isso. Se até recentemente o que havia eram mulheres usufruindo a melhor idade com as aposentadorias dos falecidos maridos, hoje vemos uma nova geração de mulheres maduras que exercem ou exerceram cargos bem remunerados e têm uma confortável renda para poder freqüentar as academias de dança e os bailes praticamente todos os dias, não raro acompanhadas de dançarinos contratados.
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É inegável a importância que têm essas novas freqüentadoras de academias, bailes, workshops, almoços dançantes, tardes dançantes, passeios com aulas e bailes incluídos etc para os que vivem das atividades ligadas à dança. Não obstante o ingresso de jovens e de pessoas da “segunda” idade na dança de salão, é evidente que estes não têm o mesmo poder aquisitivo daquelas.
Essas mulheres, portanto, têm poder.
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E isso lhes dá oportunidade de também fazer reivindicações. Reivindicações essas positivas, frise-se, em prol da dança de salão. Como exigir boa apresentação dos dançarinos que lhes prestam serviços nos bailes, não permitindo que a atmosfera própria da dança de salão se evapore com a presença de figurinos apropriados a outros tipos de eventos. Fazer coro para que os espaços destinados à dança sofram melhorias, principalmente no quesito limpeza e instalações sanitárias. Alertar o promoter quando o repertório da banda não estiver em conformidade com os seus gostos.
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Esses são só alguns exemplos das reclamações que chegam ao nosso conhecimento, vindas justamente de pessoas que ainda não se conscientizaram de seu poder de dissuasão. Já escrevemos aqui e tornamos a frisar: lembrem-se, damas, vocês têm a força. Na comunidade da dança de salão, todo dia é dia da mulher.

(Reprodução do editorial da edição 17 - março/2008 - do Jornal Falando de Dança)

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