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Um pouco de história

Cem anos de imigração japonesa



Há exatos 100 anos, completados hoje, dia 18 de junho, o navio de origem russa Kasato Maru se aproximou do litoral de São Paulo, marcando a chegada da primeira leva de imigrantes japoneses no Brasil.
  • Veja AQUI um resumo que fizemos da história da imigração, para você entender melhor a importância da data.

As comemorações do centenário da imigração começaram oficialmente hoje, com o lançamento, em Brasília, de um selo e de uma moeda alusivos à data, pelo presidente Lula, na presença do Príncipe Naruhito, herdeiro do trono do Japão.
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O Príncipe participará de várias comemorações no país, o que está sendo amplamente coberto pela imprensa. O portal IG preparou uma série de postagens interessantes para quem quiser se aprofundar mais no tema, e que listamos ao final desta postagem, para acesso.
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Participação da dança de salão nas comemorações
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Em São Paulo, Estado que recebeu a maior leva de imigrantes japoneses, para as plantações de café, as comemorações começaram mais cedo – e com participação especial da dança de salão.
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Uma grande festa no dia 14/06, no Anhembi, reuniu em espetáculo inédito seis academias de dança do Estado, que agregam vários dançarinos descendentes da imigração japonesa e que homenagearam, nesse espetáculo, os cem anos da chegada de seus ancestrais ao Brasil.
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O espetáculo contemplou ritmos da dança social internacional, muito praticada no Japão e pela colônia japonesa no Brasil, e a dança de salão tradicional brasileira.
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Foram apresentadas coreografias de slow foxtrot, quick-step, valsa lenta, tango internacional, samba de gafieira, forró, milonga e bolero. As escolas e grupos participantes foram: Kishikawa Dance Academy, ACENSA, Akademia Danças e Cia, Conservatório Villa Lobos, Espaço de Dança Andrei Udiloff e Cia de Dança Luciana Mayumi. A finalização do espetáculo foi um mini-baile, no Auditório Celso Furtado, Palácio do Anhembi.
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O trabalho envolveu a participação de 180 dançarinos, sob direção dos coreógrafos Ítalo Rodrigues e Luciana Mayumi.

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Enquanto isso, do outro lado do planeta... .
O Jornal Falando de Dança entrou em contato com dois professores que ministram aulas de ritmos brasileiros no Japão e os entrevistou, para saber como eles se envolveram com as danças brasileiras e como é o mercado dessa atividade por lá.
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Jorge Watanabe

Nosso primeiro entrevistado nasceu em 1962 em Tóquio e trabalhava no bar Praça 11, na mesma cidade, quando por lá passaram dois casais brasileiros que dançavam samba de gafieira. “Me apaixonei imediatamente”.

Casado com uma brasileira e vindo ao país com certa frequência, ele se iniciou no samba com João Carlos Ramos em São Paulo, em 94, e depois com Carlos Bolacha, no Rio. Hoje, dá aulas em estúdios de dança em Tóquio, Kanagawa e vários outros lugares (“no momento tenho 50 alunos de samba”), principalmente para japoneses (“e uns poucos brasileiros”).

Recentemente ele participou da fundação da Associação de Danças Brasileiras do Japão, para tentar por um pouco de “ordem na casa” (“Conheço pelo menos 5 brasileiros que dão aulas de dança de salão aqui. E também alguns japoneses. Mas cada um no seu estilo, quase não tem regra de dança. A Associação é para tentar reunir os professores e tentar trabalhar em cima do mesmo básico”).

  • Leia a entrevista completa AQUI.

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André dos Santos Yumoto

Natural de Praia Grande, SP, 31 anos, ele é neto de japoneses e foi trabalhar no Japão aos 17 anos.

Durante a semana continua trabalhando em fábrica mas nos finais de semana ministra aulas na academia que fundou, a Brasil A2. “Desde criança gostava de dançar, cheguei a dançar muita lambada na época em que o ritmo pegava fogo. As pessoas aqui no Japão viviam me pedindo para ensinar. Até que decidi ir ao Brasil estudar um pouco. Hoje já se passaram três anos dando aulas, tenho muito orgulho de ter alunos como os meus”, relata o professor, que este ano esteve em várias cidades do Brasil fazendo reciclagem em danças de salão.

Sobre o perfil de seus alunos, um pouco da realidade dos brasileiros trabalhadores no Japão: “Meus alunos são descendentes e alguns japoneses. Conheceram a dança através das minhas aulas. Muitos já estão há anos no Japão, apenas trabalhando. Alguns deles nem sequer lembram muito do Brasil e muito menos da cultura rica que ele tem! Tenho orgulho do meu trabalho, pois mudei a vida de cada um deles”.

  • Leia a entrevista completa AQUI.

Leia Mais:

  • Veja AQUI a programação de eventos comemorativos da imigração, nas principais cidades brasileiras
  • Cem anos da superação japonesa (breve histórico com links interessantes, AQUI)
  • Chegada: à espera da colheita de ouro (um relato emocionante sobre o comportamento dos primeiros imigrantes e suas decepções com as promessas não cumpridas, AQUI)
  • Especial do portal IG sobre a imigração japonesa, AQUI
  • Veja imagens históricas da imigração japonesa, AQUI

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