I Congresso Internacional de Zouk e Lambada do Rio atrai grande público
Na mostra coreográfica notou-se forte influência de jazz e hip-hop em algumas coreografias mas o forte mesmo foram os movimentos da lambada brasileira, presentes em todas as coreografias, o que confirma a grande influência de nosso jeito de dançar a música zouk, mesmo nas apresentações dos professores estrangeiros.
Ressalte-se que este foi o ponto mais debatido na palestra que antecedeu à Mostra, com os profs. Jaime Arôxa, Luís Florião e Adriana D’Acri.
“É importante que os professores passem para seus alunos que os movimentos são da lambada e que procurem sempre chamar essa forma de dançar com nomes que façam essa referência, para que os movimentos não sejam “encampados” por outros países e as origens se percam”, frisou Florião, que disse não se importar se o nome do consenso seja lambada, zouk-lambada ou lambazouk. “O importante é fazer essa vinculação, para frisar que a criação é nossa, dos brasileiros”.
Independentemente do nome adotado, o que se pôde discernir dos debates, é que, lá fora, nossa forma de dançar o zouk é reconhecida como movimentos próprios, o chamado “brazilian style” (veja quadro).
Ponto para a cultura brasileira, que está se sobressaindo lá fora através da dança e do trabalho de nossos dançarinos no estrangeiro.
O evento, realizado pelos profs. Renata Peçanha (RJ) e Gaspar Ribeiro (Austrália) reuniu grande número de professores e alunos entre os dias 3 e 6 de janeiro.
Oferecendo programação variada de aulas, palestras, mostra de dança, bailes e até um inédito luau na praia do Leme, cujo sucesso gerou nova programação para o domingo de carnaval, dia 03/02, também no quiosque em frente ao Sindicato do Chopp.
Na mostra coreográfica notou-se forte influência de jazz e hip-hop em algumas coreografias mas o forte mesmo foram os movimentos da lambada brasileira, presentes em todas as coreografias, o que confirma a grande influência de nosso jeito de dançar a música zouk, mesmo nas apresentações dos professores estrangeiros.
Ressalte-se que este foi o ponto mais debatido na palestra que antecedeu à Mostra, com os profs. Jaime Arôxa, Luís Florião e Adriana D’Acri.
“É importante que os professores passem para seus alunos que os movimentos são da lambada e que procurem sempre chamar essa forma de dançar com nomes que façam essa referência, para que os movimentos não sejam “encampados” por outros países e as origens se percam”, frisou Florião, que disse não se importar se o nome do consenso seja lambada, zouk-lambada ou lambazouk. “O importante é fazer essa vinculação, para frisar que a criação é nossa, dos brasileiros”.
Independentemente do nome adotado, o que se pôde discernir dos debates, é que, lá fora, nossa forma de dançar o zouk é reconhecida como movimentos próprios, o chamado “brazilian style” (veja quadro).
“Coloquei no YouTube uma exibição de zouk daqui e os comentários postados pelos estrangeiros eram unânimes - essa dança não é zouk! - escreveu a maioria”, relatou uma das participantes do Congresso.
Ponto para a cultura brasileira, que está se sobressaindo lá fora através da dança e do trabalho de nossos dançarinos no estrangeiro.
Lambada ou zouk "brazilian style"?
Por Marcelo Caetano
Hoje em dia dançamos um estilo sensual de música que nos acostumamos a chamar de zouk e aprendemos que ele é um “parente” da lambada, ou, como já ouvi muitas vezes, o chamamos de lambada francesa.
Porém zouk e lambada têm uma história que é interessante conhecer, principalmente para os apaixonados por estes ritmos.
O zouk é um movimento musical que nasceu nas ilhas caribenhas de colonização francesa, e é um termo da língua creole (mistura do francês com línguas africanas) que significa festa.
Porém, nos seus lugares de origem, existe uma forma de se dançar o ritmo zouk que não é a mesma que se dança por aqui.
No Brasil, aproveitamos esse novo estilo musical para por em prática nossa velha conhecida lambada, que, como música, entrou em decadência há alguns anos, porém nunca morreu como estilo de dança. Prova disso é a adequação dos passos desta modalidade às músicas ciganas do Gipsy Kings.
Dançamos o zouk como se dançava lambada, só que de forma mais lenta e sensual, mas os passos e movimentos são basicamente os mesmos.
È claro que, como qualquer dança, os passos estão em constante evolução, sofrendo influências de outros ritmos, o que traz algumas diferenças entre a lambada-zouk de hoje e a lambada de antes, além do que o andamento mais lento do zouk proporciona outras modificações e novos movimentos.
* Marcelo Caetano se especializou em lambada e zouk e atualmente dá aulas em Moscow (veja reportagem na ed. 3 do Falando de Dança ou clique em seu nome no índice das postagens do site do jornal).
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Porém zouk e lambada têm uma história que é interessante conhecer, principalmente para os apaixonados por estes ritmos.
O zouk é um movimento musical que nasceu nas ilhas caribenhas de colonização francesa, e é um termo da língua creole (mistura do francês com línguas africanas) que significa festa.
Porém, nos seus lugares de origem, existe uma forma de se dançar o ritmo zouk que não é a mesma que se dança por aqui.
No Brasil, aproveitamos esse novo estilo musical para por em prática nossa velha conhecida lambada, que, como música, entrou em decadência há alguns anos, porém nunca morreu como estilo de dança. Prova disso é a adequação dos passos desta modalidade às músicas ciganas do Gipsy Kings.
Dançamos o zouk como se dançava lambada, só que de forma mais lenta e sensual, mas os passos e movimentos são basicamente os mesmos.
È claro que, como qualquer dança, os passos estão em constante evolução, sofrendo influências de outros ritmos, o que traz algumas diferenças entre a lambada-zouk de hoje e a lambada de antes, além do que o andamento mais lento do zouk proporciona outras modificações e novos movimentos.
* Marcelo Caetano se especializou em lambada e zouk e atualmente dá aulas em Moscow (veja reportagem na ed. 3 do Falando de Dança ou clique em seu nome no índice das postagens do site do jornal).
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