
Moscou abaixo de zero
Mas esquentando com muita lambada!
Na série de reportagens da edição de janeiro da versão impressa deste informativo, sobre os dançarinos que ganham a vida no exterior, entrevistamos, via Internet, Marcelo Bento Caetano, atualmente morando na República Tcheca mas com atividades profissionais em Moscou.
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Marcelo tem 34 anos e o segundo grau completo. Natural de Nova Iguaçu, município do Estado do Rio de Janeiro, se iniciou em danças de salão em uma academia local, chamada Zezé Coruja. “Dei aulas na Academia Ana Paula Durval, na Academia Flex Gym, e no Condomínio Pousada do Engenho, todos no Estado do Rio.”
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Mais tarde, se especializou em zouk, lambada e salsa. “A primeira vez que vi o zouk me apaixonei. Não havia muitas pessoas que sabiam sobre isso. Então, resolvi pesquisar e me especializar sobre o assunto em Porto Seguro. Com muita dedicação diária, aprendi a dança e passei a ensinar. Ganhei um prêmio como melhor dançarino de zouk na Academia Adílio e Renata Porto em 2005 e 2006”, completa.
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A carreira internacional começou quando participou de um concurso e um teste para uma agência no exterior e foi aprovado. “Fui primeiro para os Estados Unidos (Nevada), onde fiquei três meses dando aulas e fazendo shows no Hotel Hilton. Depois, fui para Praga, República Tcheca, onde fiquei seis meses fazendo shows e dando aulas por todo o país. Regressei ao Rio e fiquei seis meses fazendo shows nos hotéis Hilton, Marriot, Meridien, Intercontinental, Sheraton, Copacabana Palace, e outros”.
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Os contatos feitos durante sua estada na república soviética lhe valeram novos convites e agora Marcelo anima as noites geladas da capital com muitos ritmos quentes. “Agora já estou há cerca de um ano e meio por aqui, com muito êxito, graças a Deus. Dou aulas de zouk, lambada e salsa. Hoje tenho mais de cem alunos em Moscou. Faço shows de zouk semanalmente no restaurante latino mais famoso de Moscou, chamado Stara Havana, que significa Havana Velha. Estou enviando ao jornal um texto simples sobre o zouk, escrito por mim, espero que também ajude em algo”.
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Segue o texto de Marcelo para os leitores do Falando de Dança.
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Zouk ou Lambada?
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Hoje em dia dançamos um estilo sensual de música que nos acostumamos a chamar de zouk e aprendemos que ele é um “parente” da lambada, ou como já ouvi muitas vezes, o chamamos de lambada francesa.
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Porém zouk e lambada têm uma história que é interessante conhecer, principalmente para os apaixonados por estes ritmos.
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O zouk é um movimento musical que nasceu nas ilhas caribenhas de colonização francesa, e é um termo da língua creole (mistura do francês com línguas africanas) que significa festa.
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Porém, nos seus lugares de origem, existe uma forma de se dançar o ritmo zouk que não é a mesma que se dança no Brasil.
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No Brasil aproveitamos esse novo estilo musical para por em prática nossa velha conhecida lambada, que, como música, entrou em decadência há alguns anos, porém nunca morreu como estilo de dança.
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Prova disso é a adequação dos passos desta modalidade às músicas ciganas do Gipsy Kings.
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Dançamos o zouk como se dançava lambada, só que de forma mais lenta e sensual, mas os passos e movimentos são basicamente os mesmos.
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É claro que, como qualquer dança, os passos estão em constante evolução, sofrendo influências de outros ritmos, o que traz algumas diferenças entre a lambada-zouk de hoje e a lambada de antes, além do que o andamento mais lento do zouk proporciona outras modificações e novos movimentos.
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Por Marcelo Bento Caetano para o Falando de Dança
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Fotos (acervo pessoal), de cima para baixo: fazendo shows de lambada; fotografando seus alunos de dança; fazendo shows de mulatas; em roupa de show.
Mas esquentando com muita lambada!
Na série de reportagens da edição de janeiro da versão impressa deste informativo, sobre os dançarinos que ganham a vida no exterior, entrevistamos, via Internet, Marcelo Bento Caetano, atualmente morando na República Tcheca mas com atividades profissionais em Moscou.
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Marcelo tem 34 anos e o segundo grau completo. Natural de Nova Iguaçu, município do Estado do Rio de Janeiro, se iniciou em danças de salão em uma academia local, chamada Zezé Coruja. “Dei aulas na Academia Ana Paula Durval, na Academia Flex Gym, e no Condomínio Pousada do Engenho, todos no Estado do Rio.”
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Mais tarde, se especializou em zouk, lambada e salsa. “A primeira vez que vi o zouk me apaixonei. Não havia muitas pessoas que sabiam sobre isso. Então, resolvi pesquisar e me especializar sobre o assunto em Porto Seguro. Com muita dedicação diária, aprendi a dança e passei a ensinar. Ganhei um prêmio como melhor dançarino de zouk na Academia Adílio e Renata Porto em 2005 e 2006”, completa.
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A carreira internacional começou quando participou de um concurso e um teste para uma agência no exterior e foi aprovado. “Fui primeiro para os Estados Unidos (Nevada), onde fiquei três meses dando aulas e fazendo shows no Hotel Hilton. Depois, fui para Praga, República Tcheca, onde fiquei seis meses fazendo shows e dando aulas por todo o país. Regressei ao Rio e fiquei seis meses fazendo shows nos hotéis Hilton, Marriot, Meridien, Intercontinental, Sheraton, Copacabana Palace, e outros”.
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Os contatos feitos durante sua estada na república soviética lhe valeram novos convites e agora Marcelo anima as noites geladas da capital com muitos ritmos quentes. “Agora já estou há cerca de um ano e meio por aqui, com muito êxito, graças a Deus. Dou aulas de zouk, lambada e salsa. Hoje tenho mais de cem alunos em Moscou. Faço shows de zouk semanalmente no restaurante latino mais famoso de Moscou, chamado Stara Havana, que significa Havana Velha. Estou enviando ao jornal um texto simples sobre o zouk, escrito por mim, espero que também ajude em algo”.
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Segue o texto de Marcelo para os leitores do Falando de Dança.
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Zouk ou Lambada?

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Hoje em dia dançamos um estilo sensual de música que nos acostumamos a chamar de zouk e aprendemos que ele é um “parente” da lambada, ou como já ouvi muitas vezes, o chamamos de lambada francesa.
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Porém zouk e lambada têm uma história que é interessante conhecer, principalmente para os apaixonados por estes ritmos.
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O zouk é um movimento musical que nasceu nas ilhas caribenhas de colonização francesa, e é um termo da língua creole (mistura do francês com línguas africanas) que significa festa.
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Porém, nos seus lugares de origem, existe uma forma de se dançar o ritmo zouk que não é a mesma que se dança no Brasil.
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No Brasil aproveitamos esse novo estilo musical para por em prática nossa velha conhecida lambada, que, como música, entrou em decadência há alguns anos, porém nunca morreu como estilo de dança.
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Prova disso é a adequação dos passos desta modalidade às músicas ciganas do Gipsy Kings.
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Dançamos o zouk como se dançava lambada, só que de forma mais lenta e sensual, mas os passos e movimentos são basicamente os mesmos.
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É claro que, como qualquer dança, os passos estão em constante evolução, sofrendo influências de outros ritmos, o que traz algumas diferenças entre a lambada-zouk de hoje e a lambada de antes, além do que o andamento mais lento do zouk proporciona outras modificações e novos movimentos.
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Por Marcelo Bento Caetano para o Falando de Dança
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Fotos (acervo pessoal), de cima para baixo: fazendo shows de lambada; fotografando seus alunos de dança; fazendo shows de mulatas; em roupa de show.
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