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Dancesport


Em setembro deste ano, como mencionamos em postagens anteriores (clique em “dancesport” no índice das postagens), a CBDE organizou nosso primeiro Congresso e Campeonato de Dancesport, em São Paulo, trilhando mais alguns passos rumo à formação de casais de competidores brasileiros a nível internacional. Saiba aqui um pouco mais sobre dancesport e o campeonato.

Fernando Schellenberg e Nayara Melo se conheceram na dança e formam hoje uma parceria de destaque na salsa, o ritmo em que se especializaram, tendo se classificado em primeiro lugar na etapa paulista do Salsa Open (ver postagem anterior sobre salsa). Observando a performance do casal no vídeo postado a seguir...



... podemos concluir que, se bem orientados e treinados, o casal teria condições de participar de uma competição de dancesport. Veja, por exemplo, a performance de Slavick & Karina, campeões do World Super Star Dance Festival 2002, EUA(um de meus vídeos favoritos)...



Atrair talentos para futuramente representarem o país em competições internacionais nessa modalidade de dança é um dos desafios da recém-criada Confederação Brasileira de Dança Esportiva (CBDE).
Numa primeira etapa, a CBDE tem procurado trazer profissionais habilitados pela IDSF (Internacional Dance Sport Federation) para promover cursos de capacitação aqui no Brasil.
Num curso de dancesport, os dançarinos recebem aulas sobre ritmos, técnicas, posturas e figuras básicas das danças competitivas (samba, cha-cha-cha, rumba, paso doble, jive, slow valsa, slow fox, valsa vienense, tango e quick step). E orientação sobre o regulamento das competições internacionais.
Em seguida, vem o aperfeiçoamento e a experiência, adquiridos em participações nas competições, começando na categoria amadora e subindo na graduação até atingir o nível profissional.
“Todos os alunos e profissionais só podem participar das competições que estão dentro de seu nível. Esses níveis são alcançados através de testes feitos por pessoas capacitadas e liberadas pela IDSF, que é o órgão principal de todas as confederações e federações em todos os países”, esclarece-nos Manoel Rodrigues, da Vivaz Dancesport, de Recife.
As regras são rigorosas para manter o alto nível dos campeonatos mas pelo que se vê mundo afora é um campo bastante promissor.
“Há diversos campeonatos regionais (europeu, asiático, etc) e nacionais, abertos ou não”, explica-nos a profª Bettina Ried, da CBDE, e autora do livro “Fundamentos de Dança de Salão: programa internacional de dança de salão; dança esportiva internacional”.
Sempre com grande número de competidores. Completa Bettina: “do campeonato aberto da Alemanha, sempre realizado em agosto, participaram cerca de 1.500 pares de todo o mundo (exceto América Latina... o esporte é muito novo aqui, nossos pares não estariam qualificados para participar). Há numerosos outros campeonatos de importância regional mas que muitas vezes não são reconhecidos pelos órgãos internacionais por não atender aos critérios de rigor esportivo que estes órgãos defendem”.
Em setembro deste ano, como já mencionado em postagens anteriores (clique em “dancesport” no índice das postagens), a CBDE organizou nosso primeiro Congresso e Campeonato de Dancesport, em São Paulo. No congresso foram realizadas palestras e cursos de habilitação para multiplicadores da modalidade. No campeonato, exibição de dancesport e nossa primeira competição reconhecida pela IDSF, em que se classificaram os casais de professores paulistas Milton Hamaguchi Quadros e Stefanny Demetrio da Silva; e Silvio Sciacca e Rosana Aparecida da Nóbrega (foto), respectivamente, na primeira e segunda colocação.
Aguardem nas próximas postagens: entrevista com os campeões e com Manoel Rodrigues, diretor da Vivaz Dancesport, de Recife, e um dos palestrantes do Congresso.

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