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Dancesport

Na foto, da CBDE, os casais que competiram na I Copa Paulista de Dancesport.

Confederação Brasileira de Dança Esportiva promove I Campeonato Brasileiro de Dança Esportiva reconhecido pela IDSF (International Dance Sport Federation)

Será dia 9 de setembro, no evento de encerramento de nosso I Congresso Internacional de Dança Esportiva, que se realizará entre os dias 31/08 e 09/09, em São Paulo, marcando uma importante etapa para o reconhecimento internacional da dança competitiva no Brasil. Saiba mais aqui nesta postagem.

Antes, uma pequena introdução...

Em nossa última matéria sobre dancesport falamos sobre o reconhecimento, pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), da IDSF (fundada em 1957) como representante mundial da dança esportiva. Esta, por sua vez, está apoiando amplamente os esforços da recém criada CBDE (Conf. Brasileira de Dança Esportiva) para desenvolver essa atividade por aqui. “Promover o esporte no Brasil, estimular a prática e formar profissionais capazes de ensinar a modalidade através da realização de cursos de multiplicadores”, esses são os objetivos iniciais da CBDE, segundo declarou-nos um dos membros de sua diretoria, a professora de dança de salão e dança esportiva Bettina Ried.

“Nossa, tantas entidades...”

Até agora falamos em três: o COI (Comitê Olímpico Internacional); a IDSF (International Dance Sport Federation), que tem como filiadas as confederações de dança esportiva dos países membros; e a CBDE (Confederação Brasileira de Dança Esportiva), que é, como já falamos anteriormente, o órgão representativo dessa modalidade de dança no Brasil.
Mas qual a finalidade da existência dessas entidades e da subordinação dessa dança a elas?
Para resumir em uma palavra: normatização. Lembram-se do exemplo que foi dado na última postagem sobre o assunto, de uma competição de samba com casais dançando chorinho, samba-rock, de roda, de gafieira?
Difícil imaginar como julgar a melhor apresentação, não?
Pois é, sem entidades que estabelecessem critérios de conduta, de avaliação, de execução de passos/figuras e até de comportamento e vestimenta, não haveria condições de os quatro cantos do planeta enviarem seus representantes para disputas internacionais em termos de igualdade.
Em dança esportiva há uma hierarquia a ser respeitada, uma etapa a ser cumprida por cada dançarino antes que ele se habilite a competir internacionalmente.
Em matéria que fiz a respeito do assunto para a edição 76 do jornal Dance News, Manoel Rodrigues, professor de Dancesport em Recife, explicava: “Os estilos de dança esportiva são divididos em ritmos latinos e ritmos standard, e, em cada um, há estilos de dança. Em todos esses estilos existem níveis de estudo, onde os alunos podem ser representados na categoria em que estão. Para cada categoria os alunos têm que ter um certificado proporcionado por seu professor, que deve ser cadastrado pela federação de seu Estado ou país. Ninguém pode ser professor sem ter passado pelo processo de capacitação oferecido pelos profissionais da federação, tudo é muito regularizado”.

Capacitação e eventos já realizados com o reconhecimento da IDSF.

Formar profissionais capacitados, os chamados “multiplicadores”, com certificação para ministrar aulas de dança esportiva, “criando” nossa primeira leva de competidores reconhecidos pela IDSF. Esse é o desafio a curto prazo da CBDE.
Nossa Confederação já realizou alguns cursos de estágio I, que qualificaram seus participantes para o curso de estágio II, realizado em setembro do ano passado por Marco Sietas, treinador-chefe da Confederação Espanhola de Dança Esportiva e atual secretário-geral da IDSF.
Alguns torneios menores já foram realizados em âmbito regional, como a I Copa Paulista, realizada em 1º de julho passado, com o apoio da Secretaria de Esporte Lazer e Turismo de São Paulo e (pouquíssimos) representantes da iniciativa privada. O evento contou com a participação de 10 casais nas classes G (estreantes) e F. Os casais disputaram, em duas etapas intercaladas, danças standard (Slow waltz, Tango e Quickstep) e danças latinas (Cha cha cha, Rumba e Jive). Toda competição foi acompanhada de 5 árbitros, que avaliaram o desempenho dos casais nos critérios internacionais, como ritmo e musicalidade, harmonia, equilíbrio, técnica aplicada, interpretação e visual. Um sexto árbitro, o árbitro de figuras, controlou a execução das figuras permitidas para cada categoria.

I Congresso Internacional de Dança Esportiva e I Campeonato Brasileiro de Dancesport

Dando continuidade à sua programação para este ano, a CBDE estará promovendo entre 31/08 e 09/09 um congresso de dança esportiva, que incluirá palestras, cursos práticos de danças Standard e Latinas e curso para multiplicadores estágio I, dentre outras atividades. Um curso de certificação internacional será ministrado por Eva Angues, treinadora espanhola e seis vezes campeã em danças latinas, para o qual se exigirá do aluno o pré-requisito de ter concluído o curso para multiplicadores estágio I reconhecido pela CBDE, visto que a treinadora desenvolverá conteúdo avançado. Para que os interessados cumpram essa exigência, a CBDE estará promovendo novos cursos de capacitação. Encerrando o evento, haverá apresentações de dancesport e a realização do I Campeonato Brasileiro reconhecido pela IDSF. Então, jovens leitores dançarinos, viciados em adrenalina e ávidos por competições: um novo campo está se abrindo para vocês, fiquem ligados. Maiores informações sobre os cursos preparatórios e os do congresso, bem como inscrições para o campeonato, poderão ser obtidas no site www.cbdance.com.br ou solicitadas pelo email cbdancesport@terra.com.br.

Para você conhecer como é uma competição de dancesport.

Fiquem agora com alguns vídeos pesquisados no YouTube sobre competição de dancesport realizada pela IDSF. Este foi um campeonato realizado em 2005. Selecionamos os mesmos casais competidores concorrendo em estilos diferentes, para se ter uma idéia das figuras executadas, ou syllabus (Cruzes, o que é isso? Calma, explicarei em outra postagem). A classificação, nome e país representado, bem como comentários de especialistas (infelizmente sem legenda) também aparecem nesses clipes. É importante frisar que não se espera em nosso I Campeonato um nível técnico dessa altura, pois o esporte está apenas engatinhando por aqui. Aliás, na próxima postagem falarei sobre as iniciativas isoladas e pioneiras de introduzir o esporte no país, dentre as quais a Mostra de Dancesport realizada no Recife pela Vivaz Dancesport.

Cha cha cha


Os mesmos casais na mesma competição, agora disputando no samba internacional competitivo.


idem, jive


idem, paso doble


idem, rumba
  • Leia mais sobre dancesport clicando no índice de postagem na coluna fixa da direita.
  • Fotos que ilustram o corpo da matéria cedidas por Bettina Ried e são do curso ministrado por Marco Sietas em Jundiaí, SP, em setembro do ano passado (de cima para baixo, a turma de formandos, uma das aulas e a prova escrita do curso).

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