Vida de promoter não é fácil, ainda pra mais se escolheu o segmento de dança de salão. É rezar para não chover no dia, é rodar os bailes panfletando, é se preocupar se as freqüentadoras (indubitavelmente as maiores consumidoras atuais dos bailes) sairão satisfeitas. Se o baile ficou vazio vem os boatos de que o prestígio está em queda. Se o baile bombou, vem os boatos de que está “se dando bem”. “Com tantas opções, é difícil manter um baile regular sempre cheio e as pessoas esquecem que uma noite bem sucedida, com grande público, apenas compensa as outras noites em que por vezes temos que cobrir o prejuízo”, comenta nossa entrevistada da vez, Marlene Oliver. “No meu evento atual, eu me preocupo em contratar dançarinos uniformizados – tênis, camisetas e jeans, jamais - para dançar com meu público feminino, forneço-lhes lanche, contrato a banda, pago o aluguel do salão, ofereço bolo e faço a decoração, dentre outras despesas”, completa Marlene Oliver, que diz fazer esse trabalho pelo grande amor pela dança e por promover grandes encontros, já que sua atividade principal não é essa. “Trabalhei como advogada por 22 anos, sou professora aposentada e corretora de imóveis. Atualmente atuo como agente de viagens e guia de turismo para território brasileiro e sul-americano, especializada em terceira idade e dou palestra sobre o assunto em faculdades de turismo”, esclarece Marlene, que orgulhosamente informa já ter introduzido muitos de seus turistas na dança de salão.
Imposição social. De família de dançarinos (pais, primos, e o irmão Carlos Roberto, o dançarino Carlinhos), Marlene começou a dançar aos 8 anos, freqüentando os bailes dos clubes do Barreto, Niterói, aprendendo a dança de salão como antigamente se aprendia – dançando com parceiro mais experiente e observando as damas no salão. Mas, como sabemos, a dança de salão de então não era tão considerada como hoje em dia e tão logo casou o marido a proibiu de freqüentar os bailes. “Foi muito triste mas era assim mesmo naquela época, e fiquei 21 anos sem dançar, o tempo que durou meu casamento”.
O retorno. De volta aos bailes, Marlene se “reciclou” freqüentando os eventos no Bola Preta, no Democráticos, na Estudantina. Em 1996 foi convidada para a diretoria social do Fluminense A. C. de Niterói, cargo que ocupou por seis anos. “Durante esse período trabalhei bastante na divulgação dos bailes do clube e aumentei muito meus contatos. Quando deixei o clube, resolvi organizar meu próprio baile.” Foi quando Marlene criou o “Baile das Rosas”, que realizou por uns tempos em Niterói e depois no Top Beer, em Copacabana. No Amarelinho da Cinelândia, o evento está para completar um ano.
Uma história de amor. Marlene se orgulha de ter promovido grandes encontros em seus bailes, mas a dança também lhe proporcionou uma linda história de amor. Tudo começou quando, recém-separada, conheceu Mestre Telinho da Mangueira no Telekoteko da Barra da Tijuca, onde este promovia eventos de Samba de Raiz. O “affair” no entanto não durou muito. Compositor, cantor e radialista, Telinho havia formado com os oito filhos músicos um conjunto de Samba de Raiz e partiu com eles para temporadas na Europa, EUA e Canadá, perdendo o contato com Marlene. Vinte e um anos depois, eis que se encontram novamente, por acaso, no Clube do Samba, no Sacrilégio, Lapa, e não se separaram mais (foto 1). Hoje, Telinho mantém um programa de rádio sobre samba na Rádio Livre (1440AM), do Grupo Jovem Pan, enquanto Marlene prossegue com seu Baile das Rosas, que acontece toda 2ª segunda-feira do mês no Amarelinho da Cinelânida.
Homenagem à dança de salão. Uma preocupação de Marlene Oliver é abrir espaço para homenagear as pessoas que ajudam a promover a dança a dois. Assim, em seu último evento, ela prestou homenagem ao amigo Robson, conhecido divulgador de eventos da zona norte (foto 2), aos dançarinos Marcelo Chocolate e Sheila Aquino (foto 3), que apresentaram um número de bolero e um de samba, e ao Maestro Charutinho, músico com mais de 40 anos prestados à dança de salão, animando bailes sobretudo no norte fluminense (foto 4). Para este próximo baile de segunda-feira, dia 09/04, Marlene homenageará três grandes nomes da dança de salão: Bebeto Sampaio, Mestre Oswaldo e Marquinhos Copacabana. Estaremos lá para conferir e depois reportar aqui.
Fiquem agora com os clipes gravados no baile do dia 12/03, com a apresentação de bolero e samba de Sheila e Chocolate e com a canja do Maestro Charutinho.
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O retorno. De volta aos bailes, Marlene se “reciclou” freqüentando os eventos no Bola Preta, no Democráticos, na Estudantina. Em 1996 foi convidada para a diretoria social do Fluminense A. C. de Niterói, cargo que ocupou por seis anos. “Durante esse período trabalhei bastante na divulgação dos bailes do clube e aumentei muito meus contatos. Quando deixei o clube, resolvi organizar meu próprio baile.” Foi quando Marlene criou o “Baile das Rosas”, que realizou por uns tempos em Niterói e depois no Top Beer, em Copacabana. No Amarelinho da Cinelândia, o evento está para completar um ano.
Uma história de amor. Marlene se orgulha de ter promovido grandes encontros em seus bailes, mas a dança também lhe proporcionou uma linda história de amor. Tudo começou quando, recém-separada, conheceu Mestre Telinho da Mangueira no Telekoteko da Barra da Tijuca, onde este promovia eventos de Samba de Raiz. O “affair” no entanto não durou muito. Compositor, cantor e radialista, Telinho havia formado com os oito filhos músicos um conjunto de Samba de Raiz e partiu com eles para temporadas na Europa, EUA e Canadá, perdendo o contato com Marlene. Vinte e um anos depois, eis que se encontram novamente, por acaso, no Clube do Samba, no Sacrilégio, Lapa, e não se separaram mais (foto 1). Hoje, Telinho mantém um programa de rádio sobre samba na Rádio Livre (1440AM), do Grupo Jovem Pan, enquanto Marlene prossegue com seu Baile das Rosas, que acontece toda 2ª segunda-feira do mês no Amarelinho da Cinelânida.
Homenagem à dança de salão. Uma preocupação de Marlene Oliver é abrir espaço para homenagear as pessoas que ajudam a promover a dança a dois. Assim, em seu último evento, ela prestou homenagem ao amigo Robson, conhecido divulgador de eventos da zona norte (foto 2), aos dançarinos Marcelo Chocolate e Sheila Aquino (foto 3), que apresentaram um número de bolero e um de samba, e ao Maestro Charutinho, músico com mais de 40 anos prestados à dança de salão, animando bailes sobretudo no norte fluminense (foto 4). Para este próximo baile de segunda-feira, dia 09/04, Marlene homenageará três grandes nomes da dança de salão: Bebeto Sampaio, Mestre Oswaldo e Marquinhos Copacabana. Estaremos lá para conferir e depois reportar aqui.
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