Pular para o conteúdo principal

A dança na mídia

Nossos profissionais de dança impressionam bem e fazem as estrelas... brilharem (ai que falta de inspiração para título melhor...)

Bom, o Campeonato do SBT eu realmente perdi, não posso falar nada apesar de já ter sabido pelo Orkut que o pessoal da comunidade de dança está estranhando o formato. De fato, como o nome já diz, é um campeonato de dança – não necessariamente de dança de salão. Ali entram, então, danças internacionais praticadas pela dancesport, por exemplo, na qual o formato original do programa é baseado.

Mas isso é outra história, que deixarei para comentar semana que vem, quando vir a quantas anda o programa do SBT.

O que eu assiti entre uma cobertura de baile e outra, enquanto jantava de frente pro telão do Restaurante Estação República, lá no Catete (merchandising, rs), foi o quadro Dança dos Famosos, do Faustão.

Padrão Globo de qualidade, sem dúvida. A direção soube aproveitar bem a fórmula famosos-visual-música-dança para cativar o público. Que, como era de se esperar, torceu pelos mais fraquinhos, com quem facilmente se identifica.

Quanto à performance dos cavalheiros famosos e suas professoras, temos que admitir que o desafio é bem maior para as damas instrutoras. Os homens têm menos flexibilidade e mais resistência para dançar que as mulheres. E na apresentação elas não têm o mesmo domínio que seus colegas professores, para comandar o espetáculo e fazerem seus pupilos brilharem.

Assim, a apresentação de Daiane Amêndola e Roberto Guilherme (o sargento Pincel da turma do Didi) não me empolgou muito.

Renata Mattos tampouco ajudou seu pupilo Juan Alba a brilhar. A postura dela... (acho que ela ficou com medo de se estabacar...).

Sinceramente também não dava para perceber quem era o aprendiz na apresentação de Rodrigo Hilbert com a professora Priscila Amaral (foto ao lado, no ensaio)...

Já Sabrina Cabral fez um excelente trabalho com Serjão Loroza, e deram um show de carisma (as caras e bocas fizeram o público vibrar). E apesar do “corpinho” o cara transmitiu classe! Na minha opinião foi o melhor dentre os cavalheiros aprendizes, analisando o conjunto, bem entendido.

Outro casal que parece ter acertado na química foi Sidney Sampaio e a profª Carolina Nakamura. Ele usou seu “sexy appeal” e demonstrou segurança nos passos. Ela ajudou bastante com sua postura.

Adriana Mattos confiou no seu aluno, Carmo Dalla Vecchia, fez umas figuras bonitas na apresentação e a pose final também ficou bem legal, o que vocês acharam? Bem, sabemos que jurados e público não acharam isso não e eles foram eliminados.

Quanto às damas aprendizeres, a maioria caprichou no visual e nos melindres para cativar o público e ganhar pontos.

Mara Marzan e Leandro Azevedo, por exemplo (foto grande acima), planejaram bem os trejeiros para atrair a simpatia do público para sua performance, sobretudo naquele lance cômico do final (bom lance de marketing).

E Fafá de Belém e Luiz Kirinus também souberam passar simpatia, demonstrando curtir a letra da música.

O prof. Átila Amaral puxou bem pela parceira Elaine Mickely . Gostei do leque duplo e outras figuras de maior nível de dificuldade (numa inclusive a dama desequilibrou feio, coisa bem normal para quem está aprendendo, como todas nós bem sabemos, não é, meninas?).

E Fernanda Vasconcellos e Kilve Costa (foto ao lado) obtiveram as maiores notas com sua apresentação.

Mas na minha opinião a apresentação de Álvaro Reys e Cristiana Oliveira foi mais classuda, né não? Gostei dos “leques” dela e da “aterisagem” com boa postura depois do passo aéreo. O que vocês acharam? Bem melhor que a Fernanda, na minha opinião.

Uma pena a desclassificação de Ellen Jabor e Thiago Mendonça. Mas, como na dança das cadeira, alguém tem que sair e a Ellen realmente não estava transmitindo a mesma segurança das demais, ficou muito tímida nos passos. Também não transmitiu muita simpatia para ganhar pontos do público. Aliás esse lance ela percebeu ao comentar sua desclassificação:

"não é só a coreografia, é o carisma, acho que é tudo junto, e as meninas são incríveis, a Mara, a Fafá, elas são engraçadíssimas e acho que isso conta porque na verdade a gente está ali pra divertir a galera que está em casa assistindo. Então elas conseguem fazer isso muito bem. Pra galera que está em casa, deu um sorriso, uma risada, já ganhou! "

Xiii... acho que ela não gostou, não. Mas quem sabe na repescagem... Afinal bom professor ela tem, sobretudo no samba, como podemos ver na apresentação de Thiago e sua parceira Suellen, no baile de abertura do workshop Oficina do Samba, na Academia Jimmy de Oliveira, de cuja cia de dança ele faz parte. Confiram a seguir.


Bem, pessoal, esta foi minha primeira grande postagem neste blog, seguindo a idéia de colocar aqui ensaios mais aprofundados sobre dança, aproveitando o espaço ilimitado deste meio de comunicação. Espero que vocês tenham gostado e participem dando sua opinião a respeito do tema aqui abordado. Para quem não notou, as palavras alaranjadas contêm links para se assistir às apresentações sobre as quais teci comentários. E clicando na palavra “comentários” ao final desta postagem vocês têm acesso à janela para postagem de seus... comentários!

Comentários

Anônimo disse…
No vídeo tem Samba-Tango?

Postagens mais visitadas deste blog

Personagens da nossa história: Mário Jorge, o Rei dos Salões

Mário Jorge, o Rei dos Salões Ele foi um dos maiores dançarinos – se não o maior – de nossos salões. Isto dito por inúmeras testemunhas que o viram criar nas pistas movimentos hoje incorporados definitivamente aos ritmos dançados a dois. Um trágico acidente o retirou das pistas e ele virou lenda. Décadas mais tarde, ao ser homenageado em um evento, eis que ele encontra a mulher da sua vida, que o ajudaria em sua reabilitação e o colocaria novamente sob as luzes dos holofotes. Estamos falando de MÁRIO JORGE MESSIAS MATOS, o “rei dos salões”, como era chamado nos anos sessenta, que recentemente oficializou sua união com D. Íris Neira, queridíssima administradora da Academia Carlos Bolacha. Foi o casamento mais comentado dos últimos tempos (foto abaixo). “Nem provei do buffet, pois não paravam de nos fotografar”, comentou Íris. . Empenhada em pesquisar e divulgar a história do marido (“muitas fotos se perderam e, dos filmes, só consegui recuperar dois, que precisam ser restaurados”), Íris...

Um pouco de história

Madame Poças Leitão Por Carla Salvagni* Louise Frida Reynold Poças Leitão é o nome completo de Madame Poças Leitão, que chegou em São Paulo em 1914, deixando Lousanne, na Suiça. Logo percebeu que os jovens das famílias mais abastadas necessitavam urgentemente de noções básicas de etiqueta. Fundou então a aristocrática “Escola de Dança de Salão e Boas Maneiras”**, em São Paulo. A dança de salão estava incluída no conhecimento básico de etiqueta, era indispensável na vida social requintada. Madame Poças Leitão representou a primeira (senão única) e mais importante escola de dança de salão nas classes altas, em contraste com inúmeros professores que atuavam principalmente na periferia de São Paulo e Rio de Janeiro, vários associados às casas de prostituição e/ou bailes populares (mas isso já é outra história, que oportunamente trataremos). Assim, graças a essa divisão por classe econômica e nível social do início do século, até hoje define-se duas linhas básicas de trabalho e duas his...

Um pouco de história: Retrato da malandragem carioca, a Lapa o refugio de muitos boêmios

Considerada uma Montmartre brasileira, ela nos proporciona vários tipos de diversão, desde um simples jantar fora, a uma noite badalada de musicas eletrônicas, a muito mais... Lá você encontra samba, pagode, rock, musica moderna, show ao vivo com MPB, forró, e muito mais.  No bairro da Lapa, antes uma praia conhecida como Areias de Espanha, nasceu em volta do seminário e capela construídos em louvor de Nossa Senhora da Lapa do Desterro, em 1751, daí o nome bairro da Lapa. E, sequencialmente foram surgindo outras obras de valor arquitetônico e histórico, como a abertura da Rua do Riachuelo ( Rua de Mata Cavalos ), a Rua do Lavradio na década de 1770, o Passeio Público que foi a primeira praça pública da cidade, criado com o aterro da Lagoa de Boqueirão da Ajuda, em 1783, pelo Vice-Rei D. Luiz Vasconcelos, o Aqueduto Carioca, chamado de Arcos da Lapa e com o passar dos anos outras obras foram surgindo em melhoria da localidade, como a abertura da a Avenida Mem de Sá. A Lapa fi...