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Brasileiros alcançam primeiras colocações no Swing Diego 2013

Os brasileiros que receberam pontuação no Swing Diego 2013

Os professores Kelly Reis e Armando Guimarães são apaixonados por west coast swing e mais uma vez este ano foram em caravana para uma das maiores competições do gênero, o Swing Diego 2013, que aconteceu em San Diego, California, de 9 a 12 de maio. Como na edição passada, Kelly ficou entre os melhores colocados das categorias que disputou, mas não só ela. Pode-se dizer que os brasileiros invadiram as pistas, nos bailes e nas competições.

Alguns torcedores e competidores brasileiros: da esquerda para a direita,
Carla Coelho, Biança Gonçalez, João Vita Parada (1º lugar JJ Novice),
Kelly Reis (3º lugar JJ Intermediate); Aline Arôxa, Armando Guimarães,
Amanda Coelho e Kelly Cristina Parada
Nem todos competiram, nem todos chegaram às finais, mas todos vibravam com as apresentações dos compatriotas, torcendo para o Brasil se destacar entre os melhores do mundo. Escreveu Kelly em seu facebook: "Meus olhos se encheram de lágrimas, quando o hino nacional do Brasil foi tocado na premiação. Só o nosso hino foi tocado [além do americano], dentre mais de 90 países presentes. 

Kelly Reis exibindo seus troféus.
Fizemos a diferença, fizemos barulho e tenho certeza que eles pensarão na gente não só como o país do futebol, mas também como o país da dança". Segue abaixo a entrevista de Kelly ao JFD, com mais detalhes a respeito.

Que tal explicar a nossos leitores como funciona esse tipo de competição?

Para começar, existem categorias, tais como: (1) Jack & Jill (os competidores dançam de improviso e os pares são sorteados na hora); (2) Strictly Swing (os competidores dançam com pares já definidos, porém de improviso também); (3) Pro Am (um profissional, geralmente Champion, é sorteado para dançar com um amador); (4) as categorias de coreografias. Além disso, em quase todas essas categorias há vários níveis, como (1) Novice (para quem nunca competiu e é iniciante); (2) Intermediate (nível intermediário); (3) Advanced Master (idade acima dos 50 anos); (4) All Star e (5) Champion (que é a categoria top). Para você pular de um nível para outro você precisa ter uma certa pontuação (cada nível tem a sua), ou seja, para quem ganha colocação (geralmente os quatro primeiros colocados), vai somando os pontos até obter a pontuação necessária para mudar de nível.

E quais foram as suas colocações?

Esta é minha quarta vez nos EUA para competir. No Swing Diego 2012 consegui o 1º lugar no Pro Am (dançando com Jordan Frisbee) e o 2º lugar, no Jack & Jill Novice. No Desert City Swing 2012, me classifiquei em 2º lugar no Jack & Jill Intermediate e em 4º lugar no Strictly Swing. Este ano, no Swing Diego, tirei a 2ª colocação no Pro Am Intermediate (dançando com Kyle Redd) e a 3ª colocação no Jack & Jill Intermediate.

Pode nos falar sobre a participação dos brasileiros?

Foram mais de 40 brasileiros presentes no evento, o maior número até agora. Tinha gente do Rio, de São Paulo e de Fortaleza. No evento havia mais ou menos 2 mil pessoas, de mais de 90 países. Eu competi com mais de cem meninas de todos os lugares do mundo. Segue a relação dos brasileiros que conquistaram as primeiras cinco colocações:

NOVICE JACK AND JILL:1º lugar - Joao Parada (RJ) e Mariana Amaral (SP); 2º lugar - Alyson Candido (For, CE) ; 3º lugar - Shirlee Toledo (SP); 4º lugar - Marcos Felipe (SP); 5º lugar - Andrea Fiusa (For, CE). INTERMEDIATE JACK AND JILL: 1º lugar - Cintia Fiaschi (SP); 2º lugar - Cristiano Fialho (FOR, CE); 3º lugar - Kelly Reis (RJ); 4º lugar - Bruno Lineker (For, CE). ADVANCED JACK AND JILL: 4º lugar - Diego Borges e Jessica Pacheco (For,Ce). OPEN STRICTLY: 4º lugar - Diego Borges (For,Ce); 5º lugar - Jessica Pacheco (For,CE).


Como você treina para esse tipo de competição?

Sou dançarina e professora de dança de salão. Procuro estudar todos os ritmos, mas no momento o west coast swing é a minha nova paixão. Viajo bastante para participar de encontros de west no Brasil e nos EUA. Nunca fui muito de competir, mas o west me despertou essa vontade, já que as competições são de improviso. Isso faz com que as pessoas busquem dançar umas com as outras nos bailes, pois nunca se sabe quem você pode pegar no momento da competição. Eu acho isso maravilhoso, faz com que todos se socializem nos bailes e dancem uns com os outros. Nos bailes nos EUA a pista nunca fica vazia, todo mundo dança com todo mundo. Quem dança mais dança com quem dança menos; o de mais idade dança com o de menos idade. Eu nunca vi uma dança tão social quanto o west. E eu posso falar isso com propriedade, pois eu sou da dança de salão e vivo os dois lados: o do west e o das nossas danças de salão.

Seus planos para os próximos meses?

Eu e Armando organizamos o West In Rio, que é um dos maiores eventos de west coast swing do Brasil. O evento acontece desde 2011, no mês de agosto. Este ano será nos dias 2, 3 e 4 de agosto, com Kye Redd e Sara Van Drake. Então, nos próximos meses, vamos estar por conta disso. Damos aulas de west no Espaço Cultural Ponto de Encontro, temos algumas viagens marcadas para eventos de west e pretendemos viajar este ano para mais um evento de west coast swing nos EUA.

Você acha que o west coast swing vai suplantar o soltinho?

Eu não acho. Eu adoro soltinho. Mas acho que é uma dança que precisa ganhar uma nova cara, ser reformulada. A gente não vê por aí congressos e encontros de soltinho, como tem de outras danças. Acho que isso seria importante para fazer com que nós, profissionais, trocássemos ideias, movimentássemos a dança. Antes mesmo do west aparecer no Brasil, eu já ouvia de alunos meus que eles não gostavam de soltinho porque era uma dança que não tinha muito o que aprender. Acho que tem sim, mas precisa ganhar uma nova cara.

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