Pular para o conteúdo principal

Exposição MODOS DE VESTIR NA BELLE ÉPOQUE CARIOCA, no museu Casa de Rui Barbosa, permite vislumbrar o dia-a-dia de uma família de posses no início do século 20




Termina dia 08/11 uma exposição interessantíssima para quem gosta de se sentir no "túnel do tempo". Trata-se de projeto da Fundação Casa de Rui Barbosa realizado em conjunto com o SENAI CETIQT, do qual participaram os alunos das disciplinas de adereços ênicos; indumentária brasileira; artes cênicas; métodos e processos em figurino e indumentária; draping; cenografia e iluminação aplicada; habilitação em figurino e indumentária





Visitando-se os ambientes do museu-casa Rui Barbosa, mergulha-se na atmosfera do que foi viver na bellet époque carioca (início do século 20), apreciando-se os amplos cômodos da residência do diplomata e político ao mesmo tempo em que se aprecia os trajes de época, acessórios e penteados montados em manequins de figuras femininas, masculinas e infantis.




Para quem não puder comparecer para ver de perto, fica aqui o registro da visita da equipe do Jornal Falando de Dança ao local, com fotos de Leonor Costa.


Sobre o projeto




A intervenção "Modos de vestir na Belle époque carioca" tem a intenção de apresentar a diversidade das formas adotadas pelo vestuário de moda entre os anos 1900 e 1914 no Rio de Janeiro







Para povoar os diferentes ambientes do Museu Casa de Rui Barbosa, foram imaginados personagens com índole, caráter social e localização temporal próprios, em situações forjadas como ensaios de figurino, realizados por professores e alunos dos cursos de bacharelado em Artes Visuais (Habilitação em Figurino e Indumentária) e de Tecnologia em Produção de Vestuário da Faculdade SENAI/CETIQT.




Ao longo do percurso expositivo, diferentes modalidades da prática do figurino podem ser apreciadas.




Na área íntima estão expostas peças com caráter naturalista, confeccionadas com tecidos semelhantes aos usados no início do século 20, em um proposta mais próxima dos produtos audiovisuais.




Nas áreas social e de trabalho, a vertence é mais autoral e alegórica, com roupas construídas exclusivamente em papel.




A área final, composta pela sala de jantar, sala de almoço e área de serviço, abriga figurinos criados sob a ótica da criação teatral, inspirados na peça A capital federal, de Arthur Azevedo




O porão acolhe uma mostra dos processos de pesquisa, concepção e desenvolvimento das peças criadas especialmente para esta exposição, em registros visuais e textos que explicam as etapas e as diferentes dimensões do figurino.




"Modos de vestir na belle époque carioca" apresenta trajes masculinos, femininos e infantis que dialogam com o espaço em que estão dispostos, tanto no sentido estético quanto no funcional.




A decoração e o uso de cada cômodo se refletem no corte, nas formas, nas cores e nos materiais das peças expostas, demonstrando as principais influências do período em relação às escolhas estéticas e comportamentais da sociedade carioca.

  • Para conhecer o interior e os jardins da Casa de Rui Barbosa, as explicações de cada ambiente e da exposição, acesse o álbum legendado no Picasa, AQUI 
  • Seja um seguidor desta página e recebe diretamente em seu e-mail as atualizações de postagens com estas e outras dicas de passeios e bailes.
  • Visite também e "curta" nossa página oficial no face AQUI 


Fonte. folder da exposição 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Um pouco de história

Madame Poças Leitão Por Carla Salvagni* Louise Frida Reynold Poças Leitão é o nome completo de Madame Poças Leitão, que chegou em São Paulo em 1914, deixando Lousanne, na Suiça. Logo percebeu que os jovens das famílias mais abastadas necessitavam urgentemente de noções básicas de etiqueta. Fundou então a aristocrática “Escola de Dança de Salão e Boas Maneiras”**, em São Paulo. A dança de salão estava incluída no conhecimento básico de etiqueta, era indispensável na vida social requintada. Madame Poças Leitão representou a primeira (senão única) e mais importante escola de dança de salão nas classes altas, em contraste com inúmeros professores que atuavam principalmente na periferia de São Paulo e Rio de Janeiro, vários associados às casas de prostituição e/ou bailes populares (mas isso já é outra história, que oportunamente trataremos). Assim, graças a essa divisão por classe econômica e nível social do início do século, até hoje define-se duas linhas básicas de trabalho e duas his...

Pole Dance: saiba um pouco sobre as origens da dança e conheça a professora de dança de salão que treinou o elenco global

A professora Alexandra Valença e suas alunas no Projac Como tudo o que aparece nas novelas, o Pole Dance, apresentado ao público na novela Duas Caras, ganhou destaque na mídia e despertou o interesse de leigos e profissionais para essa forma sensual de dançar.  Nesta matéria, saiba um pouco sobre as origens da dança e conheça a professora de dança de salão que treinou o elenco global. Dançar em volta de instrumentos verticais já era uma prática em culturas milenares da Ásia.  O nome Mallakhamb, por exemplo, designa uma modalidade de ioga praticada num varão de madeira ou numa corda. Já o Mallastambha consistia no uso de um varão de ferro por lutadores, para aumentar a força muscular.  De fato, os movimentos em torno da vara trabalha o condicionamento físico, fortalecendo, sobretudo a musculatura de braços, abdome e pernas. Como a conhecemos no ocidente, a dança na vara, ou Pole Dance, surgiu na Inglaterra, passou para a Europa e foi para os Estado...

Personagens da nossa história: Mário Jorge, o Rei dos Salões

Mário Jorge, o Rei dos Salões Ele foi um dos maiores dançarinos – se não o maior – de nossos salões. Isto dito por inúmeras testemunhas que o viram criar nas pistas movimentos hoje incorporados definitivamente aos ritmos dançados a dois. Um trágico acidente o retirou das pistas e ele virou lenda. Décadas mais tarde, ao ser homenageado em um evento, eis que ele encontra a mulher da sua vida, que o ajudaria em sua reabilitação e o colocaria novamente sob as luzes dos holofotes. Estamos falando de MÁRIO JORGE MESSIAS MATOS, o “rei dos salões”, como era chamado nos anos sessenta, que recentemente oficializou sua união com D. Íris Neira, queridíssima administradora da Academia Carlos Bolacha. Foi o casamento mais comentado dos últimos tempos (foto abaixo). “Nem provei do buffet, pois não paravam de nos fotografar”, comentou Íris. . Empenhada em pesquisar e divulgar a história do marido (“muitas fotos se perderam e, dos filmes, só consegui recuperar dois, que precisam ser restaurados”), Íris...