Pular para o conteúdo principal

Um pouco de história: Retrato da malandragem carioca, a Lapa o refugio de muitos boêmios


Considerada uma Montmartre brasileira, ela nos proporciona vários tipos de diversão, desde um simples jantar fora, a uma noite badalada de musicas eletrônicas, a muito mais... Lá você encontra samba, pagode, rock, musica moderna, show ao vivo com MPB, forró, e muito mais. 

No bairro da Lapa, antes uma praia conhecida como Areias de Espanha, nasceu em volta do seminário e capela construídos em louvor de Nossa Senhora da Lapa do Desterro, em 1751, daí o nome bairro da Lapa. E, sequencialmente foram surgindo outras obras de valor arquitetônico e histórico, como a abertura da Rua do Riachuelo ( Rua de Mata Cavalos ), a Rua do Lavradio na década de 1770, o Passeio Público que foi a primeira praça pública da cidade, criado com o aterro da Lagoa de Boqueirão da Ajuda, em 1783, pelo Vice-Rei D. Luiz Vasconcelos, o Aqueduto Carioca, chamado de Arcos da Lapa e com o passar dos anos outras obras foram surgindo em melhoria da localidade, como a abertura da a Avenida Mem de Sá.

A Lapa ficou famosa nas décadas de 1920 e 1930 por seus cabarés, clubes de jogo, restaurantes, botequins e hospedarias, tanto que, com o passar do tempo, deixou de ser um lugar de moradia para se tornar um espaço exclusivamente boêmio. 

Tradicional reduto da malandragem carioca, a região começou a declinar em 1940, devido à repressão do Estado Novo às atividades ilícitas e a concorrência com a agitada vida noturna de Copacabana. Entretanto, a Lapa nunca deixou de ter seu público cativo, e no início da década de 1950, apesar do processo de decadência que vinha sofrendo, a Lapa já era um dos principais pontos de referência da vida noturna da cidade. “Enquanto a cidade dorme, a Lapa fica acordada, acalentando quem vive de madrugada.” O trecho da música “A Lapa”, composta por Herivelto Martins e Benedito Lacerda, em 1949, e interpretada por Francisco Alves, faz referência à Lapa naquela época, marcada pelo samba e pela malandragem. 

O bairro fez história ao acolher e inspirar renomados artistas da música popular brasileira.

Fonte: Sou do Rio

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Personagens da nossa história: Mário Jorge, o Rei dos Salões

Mário Jorge, o Rei dos Salões Ele foi um dos maiores dançarinos – se não o maior – de nossos salões. Isto dito por inúmeras testemunhas que o viram criar nas pistas movimentos hoje incorporados definitivamente aos ritmos dançados a dois. Um trágico acidente o retirou das pistas e ele virou lenda. Décadas mais tarde, ao ser homenageado em um evento, eis que ele encontra a mulher da sua vida, que o ajudaria em sua reabilitação e o colocaria novamente sob as luzes dos holofotes. Estamos falando de MÁRIO JORGE MESSIAS MATOS, o “rei dos salões”, como era chamado nos anos sessenta, que recentemente oficializou sua união com D. Íris Neira, queridíssima administradora da Academia Carlos Bolacha. Foi o casamento mais comentado dos últimos tempos (foto abaixo). “Nem provei do buffet, pois não paravam de nos fotografar”, comentou Íris. . Empenhada em pesquisar e divulgar a história do marido (“muitas fotos se perderam e, dos filmes, só consegui recuperar dois, que precisam ser restaurados”), Íris...

Um pouco de história

Madame Poças Leitão Por Carla Salvagni* Louise Frida Reynold Poças Leitão é o nome completo de Madame Poças Leitão, que chegou em São Paulo em 1914, deixando Lousanne, na Suiça. Logo percebeu que os jovens das famílias mais abastadas necessitavam urgentemente de noções básicas de etiqueta. Fundou então a aristocrática “Escola de Dança de Salão e Boas Maneiras”**, em São Paulo. A dança de salão estava incluída no conhecimento básico de etiqueta, era indispensável na vida social requintada. Madame Poças Leitão representou a primeira (senão única) e mais importante escola de dança de salão nas classes altas, em contraste com inúmeros professores que atuavam principalmente na periferia de São Paulo e Rio de Janeiro, vários associados às casas de prostituição e/ou bailes populares (mas isso já é outra história, que oportunamente trataremos). Assim, graças a essa divisão por classe econômica e nível social do início do século, até hoje define-se duas linhas básicas de trabalho e duas his...