A primeira música que me vem à mente a respeito do fato que vou contar é a do filme "missão impossível". Tenho certeza que vários profissionais vão se identificar com esta cena, pois vire e mexe nos aparece uma criatura nas circunstâncias que vou contar a seguir.
Um cavalheiro ou uma dama aparece na academia pedindo informações sobre turmas e horários e diz categoricamente que já sabe dançar. Por isso, alega, não precisa entrar em turma de iniciante. Não raro pessoas assim viveram os anos dourados da dança de salão e realmente já se desenvolveram sozinhos em bailes. Como assistem, nessas ocasiões, a outros casais que fazem aulas em academias, se deslumbram com a possibilidade de aumentar o seu repertório de passos.
Iniciando a conversação, pergunto se já existe alguma experiência adquirida em outra academia, mesmo já sabendo a resposta: o aprendizado do cidadão foi conquistado na vida dançante. Nesta hora respiro fundo e tento explicar a importância da base para a conquista de movimentos mais elaborados, pelo que a turma de iniciante seria a mais apropriada. Diante dessa argumentação, a maioria fica decepcionada ou incrédula. E, nesse caso, caro leitor, só resta uma saída: colocar o cordeiro na jaula dos leões.
Só conseguimos nos fazer entender quando colocamos o interessado para fazer a aula de uma turma mais avançada. Nesta situação, temos 50% a nosso favor e 50% contra: ou o cliente sai envergonhado e nunca mais aparece, ou realmente ele percebe nossa sinceridade e se torna um aluno "fiel".
Elaine Reis é professora de danças de salão e proprietária da Academia Pé de Valsa, em Belo Horizonte, MG (visite o sitewww.academiapedevalsa.com.br)
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