Chamadas públicas são focadas em projetos de Registro de Tradição Oral e para a premiação de Mestres e Grupos das Culturas Populares Fluminenses
A Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro (SEC-RJ), através de sua Superintendência de Cultura e Sociedade, lançou nesta segunda-feira, 2 de julho, dois editais: para a Premiação de Mestres e Grupos das Culturas Populares Fluminenses e para a seleção de projetos de Registro de Tradição Oral. As inscrições devem ser feitas até o dia 9 de agosto, exclusivamente online, no Portal da Cultura aqui.
A Chamada Pública para a Premiação de Mestres e Grupos das Culturas Populares selecionará até 45 mestres e grupos ligados às expressões das culturas populares no estado. Os prêmios serão de R$ 10 mil, para cada. Podem participar pessoas físicas ou jurídicas atuantes há pelo menos cinco anos na área cultural.
O prêmio visa reconhecer e incentivar a atuação de mestres e grupos que desenvolvam práticas culturais e processos de transmissão de conhecimentos em suas mais diversas formas, tais como religião e rituais, mitos e narrativas orais, medicina popular, artesanato e expressões plásticas, escritos e produtos audiovisuais. E ainda fortalecer as diferentes identidades culturais no estado, em suas manifestações tradicionais e em suas dinâmicas.
O primeiro edital de apoio às manifestações das culturas populares foi lançado em 2008, e contemplou 51 mestres e grupos, entre eles, Mestre Antônio Amorim, do Fado, de Quissamã; Mestre Nico, do Boi Pintadinho, de Santo Antônio de Pádua; Toninho Canecão, do Quilombo São José; Mãe Meninazinha D´Oxum, de São João do Meriti, e Caninha Verde, de Vassouras.
Em 2011, um decreto do governador Sérgio Cabral transformou o edital em um prêmio anual a mestres e grupos das culturas fluminenses. A premiação teve 114 inscritos, sendo 46 selecionados - 19 da capital e da região metropolitana- e 27 das demais regiões do estado. Entre as manifestações e mestres e grupos reconhecidos estão Casquinha e Dona Eunice, da Velha Guarda da Portela; Mestre Floriano da Folia de Reis Estrela Azul, de Laje do Muriaé; Mestra Maria Amélia, do Jongo de Pinheiral; a Ciranda de Tarituba, de Paraty; e a Festa do Divino Espírito Santo, da Colônia Maranhense no Rio de Janeiro.
Registro de Tradição Oral
O edital para projetos de Registro de Tradição Oral prevê a concessão de recursos de até R$ 20 mil para cada uma de cerca de 40 iniciativas de registro das mais variadas tradições orais ligadas às culturas populares fluminenses que vierem a ser selecionadas. Podem se inscrever pessoas físicas ou jurídicas atuantes na área cultural há pelo menos dois anos.
Serão aceitas as inscrições de projetos de registro e disseminação em áudio, audiovisual e novas mídias (como sites, e-books e aplicativos para celulares e tablets) que ajudem a fortalecer, difundir e salvaguardar práticas culturais e de transmissão de conhecimento que envolvam religião, rituais e festas, arte popular, mitos e narrativas orais, medicina popular, culinária, artesanato, escritos, danças dramáticas, entre outras.
O Edital foi criado em 2010 e, na última edição, foram selecionados 20 projetos, entre 54 inscritos, sendo nove na capital e região metropolitana e 11 nas demais regiões do estado. Entre as tradições registradas estão o Caxambu, de Miracema; a Ciranda Caiçara, de Paraty; a Pesca Artesanal, de Arraial do Cabo, e ainda o Mineiro Pau, de Duas Barras.
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